A Frente Parlamentar do Biodiesel (FPBio) rechaça, de forma veemente, qualquer tentativa das grandes distribuidoras de combustíveis, representadas pelo Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom), de suspender a comercialização de biodiesel no Brasil por 90 dias, conforme proposta encaminhada junto à Agência Nacional de Petróleo.
Qualquer mobilização ardil e pouco transparente para eliminar as energias renováveis do país deve ser entendida como uma afronta ao Congresso Nacional, responsável aprovar de forma unanime a Lei do Combustível do Futuro, assim como ao governo federal que foi o criador da Política Nacional do Biodiesel.
Neste contexto, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) ressalta que, caso o pedido seja acatado, o Brasil contará com 10 milhões de toneladas de soja não esmagadas, o que representa 8 milhões de toneladas a menos de farelo de soja no mercado, elevando a inflação e o preço das carnes.
É um ataque à soberania nacional, uma vez que é esta a política que garante à cadeia da soja e proteínas a participação de 25,8% na pauta de exportações; a garantia de 16 milhões de empregos diretos e indiretos desde indústria até agricultura familiar; a competitividade da agropecuária em nível global e a redução das emissões de gases do efeito estufa, entre tantos outros benefícios à população.
Por fim, a FPBio e a FPA estão organizadas e dispostas para a reação necessária no restabelecimento do respeito à Lei do Combustível do Futuro, com impacto significativo na sustentabilidade brasileira e na transição energética.
Dep. Alceu Moreira, Presidente da FPBio
Dep. Pedro Lupion, Presidente da FPA
Fonte: FPBio