Os ambientalistas avisam que a União Europeia pode não cumprir com seus compromissos, na luta contra as alterações climáticas, se os governos não optarem agora por um modelo que dá preferência à energia de fontes renováveis em vez dos combustíveis fósseis.
Antes do início da reunião dos ministros da Energia e Ambiente, nesta segunda-feira (18), em Bruxelas, Tara Conolly, da Greenpeace, explicou que 'muitas empresas de energia na Europa sabem que, no fundo, terão que mudar para as renováveis e admitem fazê-lo, mas não tão cedo'.
'Alguns poderão aceitar essa transição daqui a 30 ou 40 anos. Penso que é isso que está travando muitos ministros da Energia da União Europeia', acrescentou a ambientalista.
A Espanha, o Reino Unido e os países do leste querem uma transição mais lenta, enquanto que a Alemanha, a França e os países nórdicos são mais progressistas sobre o
pacote de medidas até 2030, proposto pela Comissão Europeia.
'O importante é estabelecer três etapas-chave para alcançar os objetivos e é isso que defendemos', referiu Brune Poirson, secretária de Estado francesa, à chegada para a reunião.
'Da mesma forma, no que diz respeito aos apoios do Estado, não queremos que os contribuintes europeus estejam a financiar, indiretamente, centrais energéticas que estão emitindo muito CO2', acrescentou a governante.
A posição do Conselho será debatida com o Parlamento Europeu, que quer um avanço mais rápido para fontes renováveis, na sessão plenária que acontece em janeiro próximo.
Em novembro, os eurodeputados apoiaram o aumento do objetivo das energias renováveis para 35%, mas também foram criticados pelos ambientalistas por não conseguirem que as metas sejam vinculativas a nível de cada Estado-membro, em vez de serem apenas a nível da União como um todo.
Fonte: EuroNews