A startup britânica de energia limpa Bio-Bean criou, em parceria com a Shell e a Argent Energy, um processo capaz transformar o que iria para o lixo em biocombustível.
'Esse é um grande exemplo do que pode ser feito quando reimaginamos o lixo como um recurso inexplorado', comenta o fundador da Bio-Bean, Arthur Key.
Depois de três anos de pesquisa e incentivo da Shell, que ajudou nas pesquisas e experimentos, a companhia foi capaz de gerar 6 mil litros do 'óleo de café' B20, uma mistura com diesel e outros elementos. Isso é o suficiente para alimentar um ônibus londrino adaptado durante um ano todo, com baixa emissão de gás carbônico.
'Os grãos de café utilizados são altamente calóricos e contêm compostos valiosos. Isso os torna matéria-prima ideal para produzir combustíveis limpos', diz o site da empresa, que também comercializa 'toras de café', usadas como alternativas às toras de madeiras em lareiras e fogões à lenha.
Expansão pode chegar ao Brasil
A Bio-Bean estima que a Grã-Bretanha produza 500 toneladas de grãos e borras de café ao longo de um ano. Tudo isso costuma ser descartado em aterros, onde podem emitir gases nocivos durante a decomposição. Com o sucesso local, Arthur espera levar a ideia para outros lugares do mundo, incluindo os Estados Unidos e o Brasil.
'Há um potencial imenso do projeto ser expandido para os Estados Unidos, onde as pessoas mais bebem café em todo o planeta, são mais de 400 milhões de copos por dia', contabiliza o
site da startup.
O Brasil pode ser um destino certo para o negócio porque bebe 140 bilhões de xícaras de café por ano', de acordo com dados da Folha de S. Paulo. Contudo, a implementação de algo semelhante no Brasil, de acordo com a própria Shell, depende do interesse de outras empresas nacionais.
Fonte: Ambiente Energia