11 abr 2017 - 08:28
Risco de morte por doenças respiratórias pode aumentar até 12% no outono/inverno
Risco de morte por doenças respiratórias pode aumentar até 12% no outono-inverno, diz especialista. As principais delas são Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) e câncer de pulmão. As doenças respiratórias estão relacionadas a poluição do ar e entre os meses de maio e setembro, época em que as condições atmosféricas favorecem a concentração de poluentes, o risco de morte por doenças respiratórias pode aumentar.
De acordo com o professor doutor Marcelo Ceneviva Macchione, pneumologista, a quantidade de resíduos lançados pelo tráfego excessivo de veículos e pela atividade industrial tem afetado a qualidade do ar e prejudicado as condições de saúde da população.
'Várias doenças pulmonares podem estar relacionadas à inalação do monóxido de carbono (CO) e das partículas finas presentes no ar poluído. As principais delas são Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) e câncer de pulmão, sendo que algumas pessoas que já possuem asma e rinite podem ter o quadro agravado', aponta o especialista.
Ainda de acordo com o especialista, um estudo publicado pela revista 'Nature' e realizado por cientistas britânicos mostra que 3,5 milhões de mortes prematuras (dados de 2017) estão relacionadas à poluição por partículas finas (chamadas de PM2,5).
O tema 'Doenças Respiratórias' veio ao encontro do Dia Mundial da Saúde, celebrado no último dia 7. A discussão esclareceu que quando inalado em níveis muito altos, o monóxido de carbono (CO) é extremamente tóxico e pode levar à morte por asfixia.
'Pessoas que crescem em áreas de grande poluição estão mais propensas a desenvolver esse tipo de doença. Mas as pessoas que vivem nas demais regiões também estão sujeitas, ou seja, todos nós podemos desenvolver alguma doença respiratória em virtude da poluição ambiental', ressalta.
POLUIÇÃO
Macchione alerta a população que a poluição tem se transformado em um problema que merece a preocupação de todas as nações.
'O estudo é um exemplo do quanto é necessário se preocupar com o que acontece perto e longe da população. Os investigadores britânicos acreditam que os dados podem servir como alerta para a necessidade de mudanças em políticas comerciais e sugerem medidas para alterar esse cenário, como a cobrança de taxas das nações que mais poluem. Em todos os casos é fundamental procurar um especialista para o diagnóstico correto. Além disso, a automedicação é arriscada, visto que para cada doença existe uma medicação específica e controlada', finaliza o pneumologista Macchione.
Fonte: O Regional - reportagem - Karla Sibro