O Workshop RenovaBio, realizado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) teve início na manhã desta terça-feira (3/12) e foi marcado por debates sobre os desafios e as perspectivas do programa, que completou cinco anos de implementação. O evento é parte da série “Próximos Passos: Combustível do Futuro e Novas Políticas do Setor de Óleo e Gás”, que discute a formação do arcabouço regulatório após a sanção da lei.
Na abertura do evento, o secretário Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Pietro Mendes, destacou os números do programa em 2024. “Temos uma meta anual de 38,78 milhões de CBIOs, e já foram emitidos mais de 39 milhões até o momento. Cada CBIO corresponde a uma tonelada de CO2 equivalente evitada, ou seja, que deixa de ser emitida na atmosfera em razão da substituição do combustível fóssil. Também já tivemos aproximadamente 41,2 milhões de CBIOs comercializados, totalizando R$ 3,6 bilhões, demonstrando que essa é, com certeza, a moeda que está relacionada à redução de emissões mais efetiva do Brasil”, pontuou.
O deputado federal Arnaldo Jardim, relator do Combustível do Futuro na Câmara dos Deputados, destacou os avanços de projetos do MME em 2024. “O RenovaBio foi um instrumento importantíssimo para nós abrirmos um caminho. E o CBIO, eu não tenho dúvidas, é uma das mais aperfeiçoadas moedas verdes que tenho conhecimento no mundo. Estamos em um bom caminho, e agradeço muito ao Ministério por tudo o que está fazendo. Todos nós aqui podemos encerrar 2024 com a sensação de dever cumprido”, afirmou.
A primeira mesa do dia reuniu líderes do setor para debater a importância e as visões sobre o futuro do RenovaBio. Estiveram representados Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), Federação Nacional das Distribuidoras de Combustíveis, Gás Natural e Biocombustíveis (BRASILCOM), Sindicato da Indústria do Açúcar (Sindaçúcar) de Pernambuco e Alagoas, VIBRA e Bioenergia Brasil.
Com o tema “Compatibilização do RenovaBio e Corsia: Perspectivas, aprimoramentos e desafios”, a segunda mesa explorou o alinhamento entre o programa e as certificações internacionais de sustentabilidade no setor aéreo, com objetivo de fortalecer a aviação sustentável no Brasil e consolidar a liderança nacional no mercado de combustíveis renováveis para o setor. Representantes da ANP, Embrapa, Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), Agroícone e LATAM participaram dos debates.
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