Recomendação é focar no lucro e não se deixar iludir pelo preço
Os produtores de soja devem continuar tendo altos lucros no ano de 2021, assim como ocorreu em 2020, que teve preços bastante elevados para a oleaginosa brasileira, segundo o que informou a TF Agroeconômica. Isso porque, a tendência para o novo ano é de menor oferta e maior demanda do produto.
Dentre os fatores de alta, a consultoria destaca os baixos estoques dos Estados Unidos, os problemas nas safras sul-americanas, a forte demanda chinesa, assim como a grande demanda interna dos EUA e a greve portuária da Argentina. Além disso, um fator importante é a alta demanda brasileira por óleo e farelo.
“O aumento da demanda por carnes, somada aos problemas com a safra de milho no sul, estão aumentando da demanda interna de farelo de soja. Da mesma forma, a demanda por óleo para biodiesel tem se mantido elevada, ao redor de 3,94 bilhões de m3 neste ano, segundo a ANP”, comenta a consultoria.
Os fatores de baixa estão em menor número e o principal deles é a chegada da vacina que combate a pandemia do novo coronavírus, o que deve melhorar as economias ao redor do mundo e a possível queda do dólar. “Alto nível de comprometimento da próxima safra versus problemas climáticos atuais fazem os agricultores brasileiros se tornarem mais prudentes em comprometer mais volumes daqui para frente, antes de saber exatamente do que disporão”, completa.
Nesse contexto, a recomendação é focar no lucro e não se deixar iludir pelo preço. “Como o mercado já está proporcionando algo ao redor de 66,5% de lucro aos sojicultores brasileiros para a safra 2020/21 e eles já comprometeram mais de 65% do volume que esperam produzir, isto significa que já garantiram uma excelente lucratividade para o próximo exercício”, conclui.
Fonte: Agrolink
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