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08 fev 2022 - 17:30
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Satélites detectam emissões maciças de metano pela indústria de petróleo e gás

Pesquisadores conseguiram quantificar, pela primeira vez em escala global, os volumes de emissões de metano diretamente ligadas às atividades de extração de petróleo e seus derivados, e o impacto dessas emissões no clima. Curiosamente, essas emissões, intermitentes mas gigantescas, não apenas poluem e aquecem o planeta: Elas desperdiçam bilhões de dólares.


Um dos principais contribuintes para as mudanças climáticas, o metano (CH4) tem um potencial de aquecimento global aproximadamente 30 vezes maior que o do CO2. E estima-se que um quarto das emissões antropogênicas desse gás de efeito estufa tenha origem na extração de carvão, petróleo e gás natural, sendo o metano o principal componente deste último.


Um estudo em 2018 havia revelado que os inventários oficiais dos EUA subestimaram muito as emissões reais das atividades de extração e distribuição de petróleo e gás.


Com os novos dados, a partir de observações de satélite, Ramón Alvarez e seus colegas da França e dos EUA acreditam que essa discrepância provavelmente se deve a liberações esporádicas não declaradas de grandes quantidades de metano por outras indústrias.


Emissões de metano na atmosfera


Este que é o primeiro mapeamento mostrando uma contagem global das maiores emissões de metano na atmosfera pela indústria de combustíveis fósseis mostrou que as emissões de CH4 podem ser acidentais ou resultarem da liberação intencional do gás associada a operações de manutenção, sendo estas responsáveis por liberações muito grandes.


A análise de milhares de imagens diárias, geradas durante um período de dois anos pelo satélite Sentinel-5P, da ESA (Agência Espacial Europeia), permitiu identificar 1.800 plumas de metano em todo o mundo, das quais 1.200 foram atribuídas à extração de combustíveis fósseis. A equipe considera o impacto desses lançamentos no clima comparável ao de 20 milhões de veículos na estrada por um ano.


Essas emissões representam 10% do total estimado para a indústria global. No entanto, eles são apenas a ponta do iceberg, segundo a equipe, porque o satélite usado só é capaz de detectar as plumas muito grandes (> 25 toneladas por hora de CH4), que também são as mais intermitentes.


Por outro lado, precisa ser levado em conta que nem todo o metano da Terra tem origem fóssil, um inventário que ainda não foi devidamente levantado.


Outro resultado interessante, e que aponta para a possibilidade de ação sobre essas grandes emissões, é que essas liberações maciças de metano não são localizadas aleatoriamente, mas sempre aparecem em locais específicos de extração de petróleo e gás, principalmente nos EUA e na Rússia.


Como os volumes desses lançamentos dependem de protocolos de manutenção e dos cuidados no reparo de vazamentos, as regras implementadas pelas empresas ou pelas autoridades de cada país podem desempenhar um papel importante na coibição dessas emissões.


Finalmente, como a indústria sempre alega aumento de custos ante a necessidade de qualquer cuidado ambiental, alegando que isto poderia eventualmente elevar o preço dos derivados do petróleo e do gás natural, a equipe avaliou, além dos custos sociais, o valor monetário do gás desperdiçado. Os resultados mostraram que, na verdade, limitar esse lançamento de metano na atmosfera renderia bilhões de dólares em economias líquidas para os países em questão.

Fonte: Inovação Tecnológica

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