A despeito das polêmicas em torno das metas para os próximos anos do aumento de isenções dadas às refinarias, os fabricantes de biodiesel dos Estados Unidos não têm do que se queixar. Segundo dados da Administração em Informação em Energia (EIA) a produção das usinas norte-americanas nos primeiros seis meses do ano já se aproximam dos 3,19 bilhões de litros.
Para fins de comparação, a produção semestral brasileira ficou em 2,42 bilhões de litros.
O volume fabricado do período é 19,2% maior do que o que havia sido registrado de janeiro a junho de 2017 e supera em muito os 2,73 bilhões de litros que haviam sido produzidos na primeira metade de 2016 - ano que detinha o recorde anterior -.
Se depender do histórico, o ritmo deverá se acelerar ainda mais nos próximos meses. Em média, a produção norte-americana aumenta 18,2% no segundo semestre o que fabrica a produção de biodiesel dos EUA se aproximar dos 6,95 bilhões de litros este ano.
As vendas de biodiesel apuradas pela EIA até o momento chegam perto dos 3,17 bilhões de litros. Apesar de ser um volume bastante respeitável, o biodiesel representa uma fração realmente diminuta na matriz norte-americana de combustíveis com 2,6% do consumo de óleo diesel.
Importação
Em grande parte, esse aumento na produção local corresponde à substituição das importações por biocombustível local. Em outubro, o Departamento de Comércio passou a tarifar o biodiesel originado na Argentina e na Indonésia.
Nos primeiros seis meses do ano, entraram no mercado norte-americano 282,6 milhões de litros de biodiesel. São 481,2 milhões a menos que em 2017 um pouco menos que os 514,7 milhões de litros a mais que foram fabricados.
Do outro lado do balcão, as exportações também deram uma força.
Os embarques nos primeiros seis meses do ano chegaram a 212,1 milhões de litros - alta de 35,6% em relação à 2017. Essa foi a primeira vez em nove semestres que as exportações de biodiesel dos Estados Unidos superar a barreira dos 200 milhões de litros. O Canadá foi o maior comprador com 161,2 milhões de litros importados.
Fonte: BiodieselBR.com