Os preços pagos ao produtor de soja deverão subir 9% em média no Brasil na safra 2018/19, para R$ 72 a saca de 60 quilos. A estimativa, divulgada hoje pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), leva em consideração a manutenção das disputas comerciais entre Estados Unidos e China e um patamar do dólar entre R$ 3,40 a R$ 3,80. A Conab ainda não divulgou o volume de produção que estima que será colhido na temporada, o que só acontecerá em outubro.
De acordo com Leonardo Amazonas, analista de mercado de soja da estatal, o aumento do preço médio da soja poderá alcançar 10% em Sorriso (MT) e 8% em Cascavel (PR), dois dos maiores polos de produção nacional da oleaginosa. 'Na bolsa de Chicago, os preços dos contratos futuros da soja com entrega em 2019 estão se situando na casa de US$ 9 por bushel, e vemos uma tendência de estabilidade a não ser que haja oscilações bruscas do dólar', afirmou.
Leia abaixo extrato publicado pela Conab sobre a soja:
O estudo aponta para os dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que acredita que a safra mundial de soja em grãos deve ser a maior da história, com 367 milhões de toneladas. Desse total, os Estados Unidos devem plantar 124 milhões e o Brasil 120 milhões de toneladas. 'Os chineses estão taxando em 25% a soja em grãos americana e, com isso, as exportações de soja no Brasil deverão manter-se aquecidas no próximo ano, pois somos o único país capaz de vender o produto e ocupar o espaço deixado pelos norte-americanos', explica Leonardo Amazonas, analista de mercado de soja da Conab. 'Por isso, a área de soja brasileira para a safra 2018/2019 deve aumentar', acrescenta.
A perspectiva para a safra 2018/19 de soja é positiva, segundo a análise. Acredita-se que a produção deverá ser maior que a atual (2017/18), devido ao aumento de área para suprir a demandas internacionais, e poderá superar as expectativas, a depender do clima.
Fonte:
Valor Econômico (para assinantes) e
Conab