No Brasil, a aceleração da colheita dever trazer algum arrefecimento às cotações
Assim como no mês anterior, seguimos com a visão de que os preços de soja deverão seguir firmes ao longo dos próximos meses em Chicago. A perspectiva de balanço apertadíssimo nos Estados Unidos atrelado ao cenário não tão diferente sob a ótica global sugere que os preços tendem a seguir sustentados para racionar a demanda e também estimular o aumento da produção no próximo ano safra.
De acordo com as informações divulgadas no relatório mensal da consultoria Agro Itaú, apesar da melhora das condições da safra brasileira diante das boas precipitações em parte relevante do país, a produção argentina segue com um nível de incerteza alto tendo em vista o baixo volume de chuvas observado nos principais cinturões de produção em Fevereiro. De acordo com a Bolsa de Cereales de Buenos Aires, o percentual da lavoura em condições boas ou excelentes somava 15% em 25 de fevereiro, ao passo que no mesmo período do ano passado esse valor era de 64%.
Não se pode deixar de mencionar também que a firme demanda pelos derivados de soja também deverá influenciar as cotações do grão. Especificamente no caso do óleo, as boas perspectivas para a utilização do derivado nos programas de biodiesel no mundo atreladas aos indícios de baixos estoques de óleo de palma devem dar o tom altista para o mercado. Preocupações, porém, ainda residem em um possível recrudescimento da pandemia e os impactos dos aumentos de casos de PSA na China.
No Brasil, a aceleração da colheita dever trazer algum arrefecimento às cotações. Entretanto, os bons patamares dos preços em Chicago somados ao câmbio desvalorizado tendem a sustentar o valor do grão em bons patamares. Atenção deverá ser dada, no entanto, à evolução dos casos de PSA na China.
Fonte: Agrolink
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