Um artigo científico recente traz novas e úteis informações para melhor concatenar a política brasileira sobre mudança climática com o combate ao desmatamento, ainda a principal fonte das emissões nacionais de carbono (gases do efeito estufa).
O flanco mais arejado do agronegócio deveria tomar nota. Isso, claro, se de fato quiser atuar com base em evidências, e não delegar a política do setor à atrasada bancada ruralista.
No estudo
"Who Owns the Brazilian Carbon?" (Quem é o Dono do Carbono Brasileiro?, em tradução livre), parte-se da constatação de que o Brasil é o campeão das emissões por mudanças no uso da terra (leia-se: desmatamento), modalidade que responde por um décimo da poluição climática no mundo. Após recuar 80% entre 2005 e 2012, a destruição da floresta amazônica por aqui voltou a subir.
Além disso, o padrão de desmate está mudando. No passado predominava o corte raso de grandes extensões para implantar fazendas de gado. Agora a devastação ocorre em fragmentos menores, não raro por iniciativa de pequenos proprietários de terra ou posseiros.
Em qualquer dos casos, a biomassa -madeira, folhas, raízes etc.- da floresta derrubada se transforma em gases, pelo fogo ou por decomposição. O principal deles é o dióxido de carbono (CO2), gás do efeito estufa mais comum na retenção de radiação solar na atmosfera, aquecendo-a.
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Fonte: Folha de S.Paulo