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02 out 2024 - 18:51
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Novos combustíveis precisam abastecer um terço do mercado global até 2050

Combustíveis de baixa emissão têm um papel particularmente importante a desempenhar na indústria pesada, aviação e transporte marítimo – onde a eletrificação é mais desafiadora – e os governos precisam se empenhar em políticas que incentivem sua produção em escala, recomenda a Agência Internacional de Energia (IEA, em inglês) em seu relatório para implementação completa dos acordos assumidos na COP28.

A missão é fazer uma transição para longe dos combustíveis fósseis, o que em muitos casos será viável com a eletrificação alimentada por renováveis e nuclear, mas em outros requer investimentos em alternativas que ainda estão tentando ganhar mercado.

É o caso dos combustíveis sustentáveis para aviação (SAF, em inglês) e navegação (amônia e metanol verdes).

Segundo a IEA, até 2050, 10 milhões de barris de óleo equivalente por dia de biocombustíveis líquidos de segunda geração (que usam resíduos como matéria-prima) e derivados de hidrogênio serão consumidos globalmente – isto é, pouco mais de um terço do consumo global de combustíveis líquidos em 2050.

Além disso, biogás, biometano e hidrogênio de baixo carbono substituiriam 80% do gás de origem fóssil.

Isso, é claro, se todo mundo cumprir o que assinou em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, no final de 2023.


Dependentes de hidrogênio


Esse futuro repleto de SAF, metanol e amônia depende, no entanto, do ritmo de desenvolvimento dos projetos de hidrogênio de baixo carbono – por enquanto, lento.
 
No Caso de Implementação Completa da COP28, a IEA enxerga o hidrogênio de baixa emissão e seus derivados sendo cada vez mais usados pelos setores de aço, transporte e aviação, de forma a reduzir 4% das emissões globais até 2050.
 
Falta muito pra chegar lá, porém. A produção de hidrogênio ficou em 97 milhões de toneladas (Mt) em 2023, sendo menos de 1 Mt de baixa emissão. 
 
Para atender a demanda de descarbonização, o volume precisa alcançar 65 Mt até 2030, sendo cerca de três quartos derivados da eletrólise e o restante gás natural com captura de carbono (CCUS). 
 
Para que isso ocorra, a capacidade instalada de eletrolisadores precisa se expandir de pouco mais de 1 GW em 2023 para 560 GW em 2030.


Onde estamos?


Segundo a IEA, os projetos anunciados até agora são quase suficientes para esse nível, mas apenas 5% dos projetos de eletrolisadores tomaram uma decisão final de investimento (FID) ou estão em construção.
 
“Há um risco de uma grande lacuna de implementação. Os formuladores de políticas precisam tentar evitar isso colocando em prática medidas para criar uma demanda previsível por hidrogênio de baixa emissão, reduzir seus custos de produção, apoiar a construção mais rápida de projetos anunciados, agilizando a autorização e mantendo a clareza regulatória, e avançar os esforços de certificação, inclusive em nível internacional”, recomenda o relatório.


Brasil prepara para decolar com SAF


Os três projetos anunciados no Brasil para produção de combustíveis sustentáveis de aviação (Petrobras, Acelen e BBF) são capazes de atender, em média, 38% da demanda doméstica, de acordo com estudo divulgado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
 
O relatório leva em conta a perspectiva de consumo entre 2027 e 2037, considerando as metas de redução de emissões de carbono definidas pelo Combustível do Futuro, aguardando sanção do presidente Lula (PT), e do Corsia, acordo internacional da indústria.
 
A produção está prevista para alcançar 1,1 bilhão de litros por ano em 2030, o que representará cerca de 12% da demanda de combustível para aviação no período de 2030 a 2033. E pode chegar a 3,7 a 8 bilhões de litros/ano em 2037, dependendo das rotas tecnológicas escolhidas e da expansão dos projetos anunciados até agora.
 
O volume é suficiente para atender integralmente às metas de redução de emissões estabelecidas no Combustível do Futuro. No entanto, para atender à demanda internacional que busca cumprir as metas do Corsia, serão necessários novos investimentos e projetos adicionais.
 
“Temos espaço e apetite para novos investimentos em novas plantas”, diz Heloisa Borges, diretora de Estudos do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis da EPE, em entrevista à agência eixos.


 


Fonte: Eixos

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