Ao lado do ministro da Educação, Camilo Santana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a cobrar, nesta terça-feira (26/9), a inclusão da educação voltada para o meio ambiente e mudanças climáticas no currículo escolar da educação básica.
O mandatário tocou no assunto durante o programa semanal Conversa com o Presidente, que, nesta manhã, contou com a presença de Santana e da ministra Nísia Trindade. Os dois estarão com Lula em lançamentos voltados para as respectivas pastas no Palácio do Planalto, nesta terça.
“Nós precisamos colocar no currículo escolar brasileiro a questão do clima. A gente tem visto a temperatura mudar. Faz frio onde só fazia calor. Chove onde não chovia. Faz calor onde só fazia frio. Ou seja, o planeta está nos dando um alerta. Se, na nossa idade, a gente não aprendeu a cuidar do clima, a gente precisa ensinar às crianças e aos adolescentes o que é coleta seletiva”.
O petista falou ainda sobre os riscos de uma geração de “analfabetos climáticos”.
“É importante que, através da escola, a gente prepare as crianças e os adolescentes para educar os pais. Essas coisas, se não estiverem no currículo escolar, se a criança não aprender com 7, 8 anos, quando chegar na minha idade, vai ser quase um analfabeto climático”, prosseguiu.
Esta não é a primeira vez que Lula toca no tema. Em outra transmissão semanal, também ao lado do ministro, Lula pediu o desenvolvimento de um projeto para a área. Santana, por sua vez, explicou que o assunto está sendo discutido com a ministra do Meio Ambiente e Mudança Climática, Marina Silva, para encontrar a melhor forma pedagógica de incluir o tema no currículo.
“Eu tenho discutido isso com a ministra Marina para debater qual o formato pedagógico disso. Até porque, isso é um tema fundamental para o planeta, para o Brasil, e o Brasil precisa fortalecer essa questão”, corroborou o titular da pasta.
Escolas conectadas
Santana foi convidado a participar do programa semanal da Presidência para falar sobre o programa Escola Conectadas, que será lançado em cerimônia no Palácio do Planalto, na tarde desta terça.
Segundo o governo, a estratégia nacional vai coordenar políticas públicas para universalizar a conectividade nas escolas públicas da educação básica. Até 2026, as 138,3 mil instituições de educação serão beneficiadas com conectividade para uso administrativo e pedagógico.
“Ao todo, são 132,4 mil escolas públicas brasileiras. Nesse levantamento, foi identificado que 4,6 mil escolas não tem energia, ou energia renovável, são aqueles geradores. Há uma desigualdade muito grande, a região Norte tem a metade de conectividade da região Sul. Quase 1/3 das escolas não tem banda larga suficiente para fins pedagógicos”, detalhou o ministro.
“Estamos trabalhando a cidadania digital, é importante que as pessoas saibam usar as plataformas digitais com fins para o bem, e não para o mal, como a gente vê o submundo da internet”.
Fonte: Metrópoles
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