A Frente Parlamentar Mista do Biodiesel publicou nota em que critica a possibilidade de inclusão do diesel coprocessado —que tem conteúdo renovável— no relatório do projeto de lei do Combustível do Futuro, em tramitação no Senado.
O texto cita resolução da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis) de 25 de abril para afirmar que esse tipo de diesel "não atende aos parâmetros regulatórios, ambientais e de descarbonização, que são os pilares da proposta aprovada por ampla maioria na Câmara dos Deputados."
Além disso, ressalta que a agência reguladora considera o biodiesel e o diesel verde como biocombustíveis compostos integralmente por matérias-primas renováveis e cujas produções são realizadas em biorrefinarias dedicadas, que também podem produzir outros biocombustíveis e produtos da "química verde".
"Já o diesel coprocessado é um método que consiste na inserção de uma pequena parcela de conteúdo renovável no diesel – tipicamente 5%. Ou seja, é um produto predominantemente fóssil (95%) de produção exclusiva da Petrobras, patenteado em 2005, e não havendo possibilidade de ser produzido em refinarias de outras companhias", critica a frente, presidida pelo deputado Alceu Moreira (MDB-RS).
A nota diz não haver técnicas disponíveis para determinar a proporção da componente renovável no produto final. "Logo, o fato de possuir conteúdo renovável não qualifica o diesel coprocessado como diesel verde ou como qualquer outro biocombustível", critica.
Fonte: Folha de S. Paulo
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