Francisco Turra: no segundo turno esperamos compromisso com aumento da mistura de biodiesel

O presidente do conselho de administração da Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio), Francisco Turra, espera que no segundo turno da eleição para a Presidência da República a mistura de 14% de biodiesel no diesel (B14) a partir de janeiro de 2023 seja discutida e assegurada. “Há setores com grande influência no voto e demandas que são visíveis e fortes, como as do setor de biodiesel, terão de ser avaliadas de forma muito profunda”, disse ao Broadcast Agro. “A gente tem muita esperança de que o tema (meta do biodiesel) seja tratado com mais intensidade e visibilidade.”

Ao fim de 2021, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) decidiu manter o porcentual de mistura de biodiesel no diesel em 10% ao longo de 2022, contrariando a meta anterior da entidade. Durante a primeira fase da campanha à Presidência, o setor abordou o assunto em uma carta ao Ministério de Minas e Energia (MME), assinada por 20 entidades, que se disseram surpreendidas pelas propostas de alteração no RenovaBio, programa nacional de incentivo ao uso de biocombustíveis.

Segundo Turra, a mudança do mix gerou ociosidade de muitas plantas industriais. “Tenho certeza que todos os setores ofereceram propostas para política de Estado e não de governo e isso é algo que vai transparecer já no segundo turno; vai haver disputa por votos”, completou. O presidente do conselho de administração da Aprobio ainda ressaltou que no segundo turno temas "mais candentes" terão ressonância.

Tereza Cristina - Turra comemorou a vitória de Tereza Cristina, ex-ministra da Agricultura do governo Bolsonaro, ao Senado pelo Estado de Mato Grosso do Sul. “A vitória da Tereza é muito importante para nós. É uma pessoa que tem um resumo das demandas do setor”, disse. Para ele, ainda é preciso avaliar como ficou a nova configuração do Senado, mas se mostrou confiante de que demandas do setor terão respaldo. “Tomara que o agro não perca força e espaço. Toda a legislação que construímos ao longo de quinze anos precisa ser respeitada e aprimorada”, completou.

Fonte: Broadcast Agro - Por Gabriela Brumatti