A décima quinta edição da Análise de Conjuntura dos Biocombustíveis apresenta fatos relevantes do mercado de biocombustíveis ocorridos em 2023. O setor sucroenergético alcançou recordes na moagem de cana, atingindo 713 milhões de toneladas, e produção de açúcar, totalizando 45,8 milhões de toneladas. Houve a manutenção do crescimento do etanol de milho (40%), chegando a 5,8 bilhões de litros, com a produção de etanol totalizando 35,3 bilhões de litros (15,4% superior a 2022).
O consumo dos combustíveis do ciclo Otto alcançou o máximo histórico, 59,1 bilhões de litros de gasolina equivalente, com o etanol hidratado ganhando participação. A bioeletricidade manteve sua participação na matriz nacional.
No setor de biodiesel, o percentual de adição obrigatória à mistura evoluiu para 12% em volume (B12) a partir de abril. Sua produção foi de 7,5 bilhões de litros, aumento de 19% em relação ao ano anterior. A soja mantém-se como a principal matéria-prima, com 69% de participação.
O biogás vem ganhando relevância no cenário nacional, com grande potencial para o setor sucroenergético. Dentre os novos biocombustíveis, merecem destaque o HVO e os Combustíveis Sustentáveis de Aviação (SAF), com projetos de unidades sendo vislumbrados no médio prazo.
Em relação ao RenovaBio, em 2023, ocorreu o quarto ciclo de negociações do CBIO em mercado organizado, com alguns ajustes na operação, e o preço médio se mantendo no patamar do ano anterior.
Nesta edição, o artigo final traz ainda uma análise do potencial das técnicas de baixo risco de mudança do uso da terra na produção de biocombustíveis no Brasil, que podem servir como um vetor para recuperação de áreas no Brasil, contribuindo para a redução de emissões do principal setor emissor de GEE do país.
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Fonte: EPE
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