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16 set 2022 - 10:05
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Diesel verde é combustível limpo mais favorável aos caminhões no Brasil, aponta pesquisa SAE

São Paulo – O custo é fator determinante para que compradores de caminhões façam suas escolhas quanto ao veículo que não é somente um meio de transporte, mas de geração de emprego e renda. Diante disso e do atual cenário econômico brasileiro a indústria e seus clientes não descartam aderir a novas tecnologias de propulsão, ao contrário, eles se mostram receptivos a elas, desde que não traga mudanças bruscas, a exemplo de ter de adaptar seu veículo ou modificar a rota para buscar um posto que possa atendê-lo. Por isso o diesel verde, como biodiesel ou HVO, óleo vegetal hidrogenado, torna-se a opção mais viável e rápida para descarbonizar a frota, em comparação a eletrificação, gás natural ou biometano e hidrogênio.


É o que aponta a Pesquisa Caminhões SAE Brasil 2022, divulgada na quarta-feira, 14. O levantamento inédito, realizado em parceria por SAE, KPMG e AutoData, levou nove meses para ficar pronto e propõe caminhos para uma matriz energética diversificada e sustentável no segmento de transporte rodoviário de cargas.


Segundo o conselheiro da SAE Brasil Ricardo Bacellar, trata-se de estudo mais trabalhoso do que o de veículos de passageiros porque as características desse ecossistema são diferentes, com clientes que vão desde grandes transportadoras até o caminhoneiro autônomo.


A ideia foi representar todos os envolvidos desde o processo de produção do veículo até quem o conduz. Portanto, além de executivos das montadoras, a pesquisa contou com a participação de representantes de fornecedores, concessionários, frotistas, gestores, embarcadores e motoristas autônomos de várias regiões do Brasil.


Bacellar disse que o ponto comum dentre os distintos perfis de consumidores é que o caminhão é um instrumento de trabalho: “Cada um dos clientes sabe na ponta do lápis quanto custa o tempo de parada. Então qualquer ação que a indústria puder fazer para reduzir seu custo de operação é bem-vindo”.


Nesse aspecto um dos tópicos postos como prioridade para a indústria, para quase 90% dos entrevistados, são temas ligados ao custo de aperfeiçoamento de eficiência energética e a propulsão limpa, o que envolve bateria, hidrogênio, biocombustíveis, gás etc.


Diminuição das emissões — Tendo em vista que o diesel verde não requer investimentos onerosos no projeto dos motores ou nas refinarias, e diante do fato de que a Petrobras tem a intenção de ampliar a produção do biocombustível no País nos próximos anos, o produto estaria disponível nos postos no curto prazo, sem necessidade de adaptação do veículo ou de procurar um revendedor que o disponibilizasse.


Para 49,6% dos clientes e 44,4% dos representantes da indústria o diesel verde é a primeira opção para descarbonizar as emissões de caminhões no País – o que vale mesmo para 61,7% dos usuários que não têm a intenção de adquirir caminhão com propulsão alternativa.


De acordo com a pesquisa os maiores obstáculos para a disseminação da opção menos poluente são o preço, ainda elevado em comparação com diesel fóssil e biodiesel, e a necessidade de regulamentar as características deste tipo de biocombustível.


Os veículos elétricos são alternativa ao diesel para 31,4% dos clientes e 27,7% dos profissionais da indústria, e a justificativa é que a produção e oferta de caminhões a bateria no País começou a colocar esses modelos nas decisões de compra, especialmente para aplicações de entregas urbanas em curtas distâncias. Para transporte rodoviário de longo curso os elétricos não são considerados uma alternativa até o momento.


Bacellar destacou que a maioria dos respondentes era composta por operadores que atuam no segmento rodoviário, o que pode ter reduzido a sinalização do interesse pelos elétricos, uma vez que percorrem longas distâncias e ainda enfrentam a escassa oferta de infraestrutura de recarga.


“Essa é uma pauta discutida à exaustão. Parece aquele dilema do Tostines. Vende mais porque é fresquinho ou é fresquinho porque vende mais? No caso aqui é: não vende mais veículo elétrico porque não tem infraestrutura ou não tem infraestrutura porque não vende mais veículo elétrico, porque não tem tanto volume de venda?”


Ricardo Bacellar, conselheiro da SAE Brasil


O executivo defendeu que esse é um nó que vai sendo desatado naturalmente. “Toda transformação gera ansiedade e o elétrico gera um imaginário sedutor. Principalmente quando se bebe de depoimentos de quem já experimentou. Costumo comparar com o câmbio automático, que aquele que o testa não volta para o manual, assim como quem migra para o elétrico não quer mais saber da combustão. Isso não significa que a eletrificação será dominante no mercado, haverá outras formas de propulsão. O futuro é plural.”


Diante das alternativas de propulsão mais limpas que começam a chegar ao mercado brasileiro, os caminhões a gás que podem rodar com biometano ou hidrogênio – este podendo ser usado tanto em motores a combustão como para gerar energia elétrica – ainda estão longe da viabilidade, de acordo com os entrevistados.


O biogás/biometano é a segunda opção mais escolhida pela indústria e clientes na pesquisa, mas desce à última posição como sendo a primeira opção de descarbonização para apenas 10,2% dos respondentes, atrás até mesmo de veículos elétricos e hidrogênio, o que pode ser explicado pelo preço desvantajoso em relação ao diesel e pela ainda baixa disponibilidade de abastecimento no País. E, como definiu Bacellar, “o órgão mais sensível do corpo humano é o bolso”.


Intenção de compra – Ao serem perguntados se pretendem adquirir caminhão novo no curto prazo, apenas um terço disse que não tem essa intenção pelos próximos quatro anos e, desta amostra, 62,5% são autônomos. Segundo Bacellar isso traz certo alívio. “A fatia dos que não pretendem comprar caminhão já é pequena e, ao decupá-la, vemos que o impacto é menor ainda, pois os autônomos normalmente não têm grande poder de compra dos produtos da indústria.”


Ao mesmo tempo, 27,3% sinalizaram a ideia de ter um 0 KM ainda este ano, 22,3% nos próximos dois anos, 13,2% em quatro anos e, 4,1%, em três. A maioria dos respondentes, porém, de 50% a 81%, ainda mantém sua opção no veículo movido a diesel.


Em torno de 90% dos entrevistados, tanto clientes como indústria, acreditam que o governo deveria criar um programa de incentivo para quem investir em propulsão limpa.


Com relação ao horizonte de tempo que veículos com novas tecnologias de propulsão terão preços similares aos modelos a diesel, 40,5% dos clientes creem que isso ocorrerá em mais de dez anos.


Clique aqui para acessar a pesquisa completa.

Fonte: Autodata

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