A Confederação Nacional da Indústria (CNI) está defendendo uma nova política industrial, com foco em quatro frentes, sendo duas delas a descarbonização da economia e a transformação digital. A defesa da entidade foi consolidada em documento oficial e que circula em várias esferas do governo federal, segundo a revista Exame.
Intitulado Plano de Retomada da Indústria, o material propõe mais duas iniciativas para a retomada do crescimento econômico com geração de empregos: saúde e segurança sanitária e defesa e segurança nacional.
Em sua estrutura, o Plano lista 60 medidas transversais para modernização de processos produtivos, redução dos custos de produção e inserção de empresas brasileiras no mercado global. Entre os assuntos tratados estão desde a tributação até o acesso ao crédito, passando pela abordagem do comércio exterior, segurança jurídica, infraestrutura, inovação, educação, desenvolvimento regional e relações do trabalho.
Desenvolvimento sustentável
De acordo com a CNI, a neoindustrialização brasileira precisa estar alinhada às tendências de sustentabilidade, devido às mudanças climáticas e às metas de redução de gases do efeito estufa (GEE), como destaca a reportagem da Exame. Outro ponto relevante é o alinhamento à transição energética, digitalização e inovação. Essa amarração justificaria a retomada do desenvolvimento econômico e social sustentável.
Para o presidente da entidade, Robson Braga de Andrade, a ausência de uma política industrial clara, com objetivos e benefícios, é um dos motivos para o Brasil ter perdido relevância nas últimas décadas. Ele explicou que as principais economias do mundo estão empenhadas em ações de desenvolvimento voltadas à inovação, à sustentabilidade e à competitividade internacional. “Responder a esses desafios é uma urgência para todos nós, do poder público e do setor privado”, informou.
Para Paulo Camillo Penna, presidente do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC) e da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), a CNI teve papel estratégico ao propor uma política industrial para o Brasil que fosse efetiva e que olhasse para os desafios atuais. “Nos últimos anos, houve o que se denominou desindustrialização, e o Plano de Retomada vem para corrigir essa lacuna, não só estabelecendo programas e projetos, mas, também, enfrentando questões atuais, como as mudanças climáticas”, pontua.
Fonte: Além da Energia
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