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26 jun 2024 - 11:03
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Brasil pode plantar mais 36,6 milhões de hectares de soja sem derrubar árvores, aponta Serasa Experian

Onde estão as áreas de pastos degradados no país, qual o seu desenho atual e quais as potencialidades para revertê-las em cultivos lucrativos? Esta é uma indagação recorrente entre estudiosos e pesquisadores sobre o uso da terra, um dos temas mais relevantes nos dias atuais para entender o quão se propõe a ser sustentável o agro de um país. O Brasil tem um potencial grandioso de reversão do uso da terra, como mostra o Estudo de Aptidão Agrícola feito de forma inédita pela Serasa Experian, primeira e maior Datatech do Brasil, apresentado nesta terça-feira (25).


O estudo aponta que nos quatro dos biomas – Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica e Pampa – há um potencial de expansão para o plantio de soja da ordem de até 36,6 Mha (milhões de hectares) apenas sobre as tais pastagens degradadas aptas para a leguminosa e em linha com as exigências crescentes dos mercados consumidores por produtos livres de desmatamento. Atualmente, a área cultivada com soja, por safra, é da ordem de 45 Mha.


“Se as projeções do Ministério da Agricultura estiverem corretas, nos próximos 10 anos veremos um aumento de cerca de 12 Mha no plantio de soja no Brasil. Esse montante representa o consumo de apenas 1/3 de toda a disponibilidade de pastagens com alta aptidão para o cultivo de soja no Brasil”, diz Joel Risso, diretor de novos negócios agro da Serasa Experian.


“Essa é uma boa notícia, porque, apesar dessa disponibilidade de pastagens aptas não ser a mesma para todos os estados e regiões brasileiras, o levantamento indica que existem mais pastagens aptas que o necessário para suprir essa demanda seguindo os protocolos ambientais mais rígidos, como é o caso das recentes exigências do mercado comprador Europeu, que não deverá mais estar aberto à soja brasileira proveniente de áreas desmatadas”, afirma ele.


Para chegar aos números do estudo, os especialistas da Serasa utilizaram dados edafoclimáticos e seguiram uma metodologia semelhante ao que se faz no Zarc (Zoneamento Agrícola de Risco Climático), desenvolvido pela Embrapa, somada às séries históricas de mapas agrícolas produzidos pela empresa, por meio de imagens de satélite. A análise também foi realizada considerando apenas os CARs declarados, removendo àqueles com status “cancelado”


“Além da disponibilidade de pastagens aptas, olhar para o grau de degradação das áreas ajuda a definir a necessidade de investimentos para que esse processo de conversão ocorra”, afirma Risso. “E, ao juntarmos isso com a probabilidade de inadimplência de cada produtor, a informação se torna ainda mais estratégica para quem vai financiar esse processo”. De acordo com a instituição, os investimentos para expansão das áreas capturadas das pastagens para a soja podem movimentar cerca de R$ 60 bilhões em até dez anos e, anualmente, outros R$ 50 bilhões para o custeio do cultivo.


“Queremos apoiar estrategicamente os bancos e todo o mercado financeiro a criar as melhores condições para permitir com que os produtores rurais tenham acesso ao crédito e possam expandir suas áreas, viabilizando certa previsão da demanda por investimentos, necessário à conversão das áreas, preparo e correção do solo, plantio até a colheita”, afirma Risso. “O valor médio necessário para converter 1 hectare de pastagem para o plantio de soja é de aproximadamente R$ 5 mil, podendo ser inferior em áreas menos degradadas ou até passar de R$ 6 mil em áreas mais severamente degradadas.”


O bioma Pampa se destaca pela maior proporção de pastagens aptas com ausência de degradação, com 52% (1,6 Mha) dos 3,1 Mha totais. Já a Mata Atlântica tem a maior proporção de pastagens com degradação severa, cerca de 40% (1,6 Mha) de um total de 4,0 Mha de pastagens propícias ao plantio de soja. Ainda assim, em termos absolutos, o Cerrado é o bioma com maior número de hectares degradados de forma severa, com 6,1 Mha de pastagens aptas para a soja nesta condição.


Em relação aos estados, o Pará dispõe da maior área de pastagens aptas ao plantio de soja e sem degradação (1,7 Mha) e o Mato Grosso do Sul é o que que possui a maior disponibilidade de pastos, com cerca de 6 Mha propícios à sojicultura. No entanto, é também nesse Estado em que se encontra a parcela mais expressiva de área degradada, proporcionalmente ao todo.


No estudo “Projeções do Agronegócio Brasil 2022/23 a 2032/33 – Projeções de Longo Prazo” o Ministério da Agricultura estima que a demanda por novas áreas de soja alcance cerca de 12 Mha em até 10 anos.


De acordo com o estudo da Serasa, também foi possível descobrir mais sobre a oportunidade de crédito ao explorar o perfil de possíveis demandantes. De acordo com dados do Agro Score, solução desenvolvida pela companhia, foi identificado que 24,6 dos 36,6 Mha de pastagens aptas para a soja pertencem a produtores com risco aceitável de crédito ou que possuem probabilidade de inadimplência inferior a 3%.


Para o head de agronegócio da Serasa, Marcelo Pimenta, é estratégico para o mercado conseguir relacionar imagens de satélite, que mostram a capacidade de expansão das culturas brasileiras, com dados de crédito e perfis financeiros dos demandantes. “Temos a expertise suficiente para munir credores, instituições e os demais players sobre onde está o território a ser ocupado, quanto necessita de investimento e para quem ou como é possível emprestar essas linhas de crédito”, afirma Pimenta.


 


Fonte: Forbes

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