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10 fev 2023 - 17:42
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Brasil está dez anos atrás do mercado de biocombustíveis nos EUA

Artigo de Erasmo Carlos Battistella, Diretor do Conselho de Administração da APROBIO


Enquanto estamos congelados no Brasil numa mistura de 10% de biodiesel (B10) ao diesel fóssil (quando deveria estar em B14 agora e B15 a partir de março), os Estados Unidos partem de um patamar de B20 já consensuado com olhar para misturas de B30, B50 e até de B100 para atender aos compromissos de descarbonização.


Sem falar na produção de diesel verde (HVO) e combustível sustentável de aviação (SAF) já regulamentada e em franco avanço naquele país. Aqui não temos uma legislação que nos dê segurança para investir em biocombustíveis avançados.


Na América do Sul não avançamos numa direção comum para produção de biocombustíveis, já, na América do Norte, o tema da Conferência de Combustíveis Limpos (Clean Fuels Conference), realizada de 23 a 26 de janeiro de 2023 em Tampa, na Flórida, foi justamente Unidos com um só (United as One, em tradução livre).


Estive lá e vivenciei essa experiência porque a BSBIOS é associada da entidade organizadora do evento e um dos seus principais patrocinadores.


Donnel Rehagen, CEO da Clean Fuels Alliance America, destacou que lá eles estão “mais unidos agora do que nunca, todos trabalhando para um amanhã mais limpo e isso significa grandes oportunidades para combustíveis limpos, para o meio ambiente, para empregos e para a segurança energética”.


Ampliação do uso de biocombustíveis nos EUA
O desafio nos Estados Unidos é cumprir uma meta 22,7 bilhões de litros de biodiesel e biocombustíveis avançados até 2030 (hoje tem 11,3 bilhões de litros). No Brasil, derrapamos em cerca de 6 bilhões de litros em 2022.


A projeção de crescimento da produção vem do fato de que B20 simplesmente não é suficiente para muitos compromissos assumidos por grandes empresas e setores do transporte, além da demanda pelo produto para aquecimento doméstico.


No transporte marítimo, as misturas já giram em torno de B50 e B100. Muitos motores on e off-road já utilizam B20, mas há experiências bem-sucedidas com B50 e B100.


Empresas como Caterpillar, John Deere e Cummins apresentaram seus veículos que trabalham com B20. Conheci o caminhão Volvo de Logística PepsiCo equipado com um sistema inovador e operado com B100.


Os Estados da Califórnia, Washigton e Oregon têm políticas próprias mais avançadas de adoção de misturas.


No dia 24 de janeiro, participei do painel Um mundo, muitas metas: uma perspectiva global, junto com Fred Ghatala (Diretor de Carbono e Sustentabilidade da Advanced Biofuels Canadá), Kent Swisher (CEO da North American Renderers Association) e moderação de J. Alan Weber (Sócio fundador – MARC-IV).


Destaquei os pilares e objetivos do nosso grupo empresarial, evidenciando o fato de ser a única empresa na América do Sul com tecnologia licenciada para produzir biocombustíveis avançados.


Mostramos ao mercado americano a qualidade do nosso produto e das nossas matérias-primas com as certificações aceitas nos Estados Unidos, o que nos habilita a exportar nosso produto.


A diversidade de matérias-primas também é um diferencial para o Brasil. A BSBIOS produz biocombustíveis a partir de óleos vegetais, gordura animal e óleo de cozinha usado.


Em recente anúncio de investimento de usina produtora de etanol e farelos, a matéria-prima a ser adotada virá do processamento de cereais como milho, trigo, triticale, arroz, sorgo, dentre outros.


Integração na América do Sul
Esses exemplos devem inspirar a América do Sul a definir marcos regulatórios comuns, que assegurem o avanço dos investimentos em biocombustíveis e em pesquisas científicas e tecnológicas para que os países cumpram os compromissos de descarbonização assumidos no Acordo de Paris, aproveitando as capacidades de suas cadeias agropecuárias.


O tema faz parte do Manifesto em Defesa dos Biocombustíveis assinado por associações sul-americanas representantes do setor.


Com as mesmas especificações e marcos regulatórios para biocombustíveis, seria mais fácil estabelecer planos de investimentos e promover a integração continental do comércio nas Américas como um todo.


Como um ponto de partida, espero que possamos organizar essa atuação na região pela necessidade de ter produção do combustível sustentável exigido pelo setor de aviação.


Será muito importante aproveitar esse momento para expressar a firme convicção de que é essencial que todos os governos da América do Sul promovam, de forma abrangente, a estratégia de transição energética pelo desenvolvimento do setor, tanto para o transporte veicular, quanto para o aéreo, fluvial e marítimo.

Fonte: epbr

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