“Neste mês de março vamos colocar em operação a primeira Usina de biodiesel de Santa Cruz. Esta planta produzirá diesel ecológico e terá uma certa mistura estabelecida com diesel fóssil para sua comercialização”, garantiu aos representantes da mídia na Casa Grande del Pueblo.
Desta forma, o presidente referiu-se ao Decreto Supremo 5.135, que autoriza a incorporação de aditivos de origem vegetal em até 25 por cento nos combustíveis convencionais.
Explicou a este respeito que a regulamentação, aprovada pelo Governo, procura não só ampliar a possibilidade de mistura do álcool anidro (etanol) com a gasolina, mas também incorporar o diesel ecológico no diesel importado.
A nova indústria processará diariamente 1.500 barris de biodiesel com óleos vegetais de plantas como macororó, palma africana e soja, entre outras.
Fontes governamentais estimam o valor deste investimento em 47 milhões de dólares, aos quais se somarão a Planta de Biodiesel 2 em construção em El Alto e a planta de diesel ecológico HVO (óleo vegetal hidrotratado).
“Para isso eram necessárias regulamentações e o decreto aponta, portanto, para dois objetivos claros, o de dar uma margem de mistura maior de até 25 por cento com base em estudos técnicos e reduzir em 100 por cento a importação de gasóleo”, acrescentou o presidente.
Em relação ao percentual de mistura, explicou que no Brasil chega a 27%, no Paraguai chega a 25 pontos percentuais; Na Argentina são 12 % e na Colômbia são 5%.
“Cada país decide com base no tipo de veículos e no tipo de combustível utilizado”, concluiu o chefe de Estado.
O ministro de Hidrocarbonetos, Franklin Molina, informou que a usina de Santa Cruz vai gerar 1.000 empregos diretos e 1.500 empregos indiretos.
Segundo o chefe de Estado, esta medida reduzirá o custo de importação deste hidrocarboneto em 100 milhões de dólares anuais.
“Portanto”, insistiu, “o projeto é muito importante para o país, porque isso por sua vez tem impacto na economia do subsídio de recursos que custa a todos os bolivianos”.
Para o ministro, outro tema importante é a reciclagem do petróleo nacional, que vai gerar renda adicional para as famílias bolivianas.
Sobre este assunto, especificou que “também estão a ser construídas todas as instalações de recolha, tratamento e processamento do petróleo”.
Fonte: Prensa Latina
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