O assessor técnico da APROBIO Antonio Ventilii participa nesta terça-feira (13) da 48ª reunião da Câmara Setorial de Oleaginosas e Biodiesel, no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em Brasília. O encontro discutiu temas ligados a cadeia produtiva, como a portaria interministerial sobre fomento e aquisições provenientes do Programa Selo Biocombustível Social para as Regiões Norte, Nordeste e Semiárido, com a presença de representante do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
A pesquisadora Nilza Patrícia Ramos, da Embrapa Meio Ambiente, apresentou a situação atual da regionalização da soja no RenovaCalc, a ferramenta para o cálculo da intensidade de carbono dos biocombustíveis do RenovaBio. A previsão de entrega dos estudos para Agência Nacional do Petróleo (ANP) é de agosto deste ano. Em nome da APROBIO, Ventilli ressaltou que associações de produtores têm interesse em estar mais próximas do Grupo de Trabalho do RenovaBio na elaboração do estudo sobre a regionalização das emissões de gases de efeito estufa (GEE).
Diversificação de matérias-primas
A elaboração de uma proposta de políticas públicas destinadas à diversificação de matérias-primas também foi tema da reunião. De acordo com Ventilli, um grupo de trabalho discute o tema para aumentar essa diversificação, além de verificar a melhor forma de abordagem para coleta de dados e stakeholders. Segundo o assessor técnico, os resultados poderão ser apresentados na próxima reunião. A APROBIO é coordenadora do GT sobre diversificação de matérias-primas no âmbito da Câmara Setorial.
Pesquisa
Durante o encontro foi apresentada a pesquisa “PIB e empregos da Cadeia Produtiva da soja e biodiesel”, realizada em parceria pela Abiove e o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - CEPEA Esalq/USP. O levantamento indica que o PIB da cadeia produtiva da soja e do biodiesel foi de R$ 673,7 bilhões em 2022, representando por cerca de 27% de todo o PIB do agronegócio nacional.
A pesquisa mostrou ainda que em 2022, a cadeia da soja e do biodiesel gerou 2,05 milhões de ocupações, 80% a mais do que em 2012 (início da série). Com isso, sua participação como geradora de empregos no agronegócio cresceu de 5,8% para 10,8%.
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