A gordura extraída da palma é o óleo de origem vegetal mais consumido no mundo. Ainda que a versão 'crua' do produto, chamada de azeite de dendê, seja mais popular no
Brasil por conta de seu uso na culinária, a lista de aplicações na indústria é que absorve a maior parte da demanda.
Para servir à composição de margarinas, chocolates, biscoitos e também fazer parte de cremes e produtos de higiene, o
óleo de palma precisa ser refinado por meio de branqueamento, processo que retira sua cor e odor. Por ano, são produzidas mundialmente 72 milhões de toneladas, destinadas sobretudo ao setor alimentício, à produção de cosméticos e ao ramo de
biocombustíveis, que vêm ganhando importância nos últimos anos. A palmeira de óleo (Elaeis guineensis) é nativa da costa oeste da África.
Outra variedade da planta, comumente utilizada em espécies híbridas, é a Elaeis oleifera, que ocorre nas Américas do Sul e Central. São duas nações asiáticas, porém, que concentram sozinhas mais de 80% da produção mundial. Em comum, Indonésia e Malásia têm clima e regime de chuvas semelhantes, além de ampla cobertura vegetal nativa. Essa vegetação tropical característica possibilitou que a cultura da palma de óleo obtivesse sucesso também no bioma amazônico.
No
Brasil, é o Pará, que mais contribui para a produção nacional - e também vem sendo mais impactado pelo avanço do cultivo. A literatura científica aponta que o estado reúne fatores climáticos ideais, como umidade entre 75% e 90%, média anual de chuvas na casa dos 2.500 milímetros e temperatura entre 24ºC e 28ºC. Segundo a Abrapalma (Associação Brasileira de Produtores de Óleo de Palma), mais de 85% da produção está concentrada no Pará, onde existem 207 mil hectares de palma de óleo.
Entre empregos diretos e indiretos, estima-se que a produção de
óleo de palma no território paraense seja responsável por até 80 mil postos de trabalho. O restante é distribuído, principalmente, entre Bahia e Roraima. O Brasil ocupa hoje a décima posição do ranking mundial de produtores.
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Fonte: Nexo