Para estimar a capacidade instalada em 2029, acredita-se que a distribuição regional das plantas seja mantida, de forma que o mercado continue com uma capacidade de produção cerca de 20% acima da demanda projetada para cada região. Ressalta-se que, em outubro de 2019, a ANP divulgou a autorização para a construção e a ampliação de 2,2 bilhões de litros. As regiões Sul e Centro-Oeste devem continuar a manter sua liderança na produção deste biocombustível, embora a demanda esteja mais concentrada na Região Sudeste. Com estimulo à produção de novas culturas, adaptadas às condições edafoclimáticas das Regiões Norte e Nordeste, estas também podem vir a apresentar grande potencial de crescimento na produção de biodiesel.
De acordo com a capacidade instalada atualmente, só é possível atender a demanda projetada até o ano de 2022. A partir de então, no horizonte decenal, há um déficit na capacidade de produção, que deve ser suprido a partir de investimentos em plantas de processamento de biodiesel. Este déficit não deve comprometer o PNPB, na medida em que o setor de biodiesel tem se mostrado eficiente no atendimento ao mercado. Os investimentos para a ampliação da capacidade instalada em cerca de 4,6 bilhões de litros até 2029 visando suprir a demanda nesse ano, devem perfazer um total aproximado de 2 bilhões de reais, considerando uma sobrecapacidade de 20%. As regiões Norte, Nordeste e Sudeste não serão autossuficientes em 2020, condição que perdura até 2029, caso não haja um esforço das entidades públicas e do setor privado que possam minimizar essa situação. Ressalta-se que o balanço nacional é superavitário e os excedentes regionais podem ser deslocados para as regiões deficitárias.
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