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24 jul 2017 - 05:38
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Integração reduz gases de efeito estufa na produção de biodiesel de soja

Extração do óleo e fabricação na mesma unidade industrial diminuem emissões na produção de biocombustível


O óleo de soja é a matéria-prima mais utilizada para produção de biodiesel no Brasil, com participação de 75% em média entre 2014 e 2016. Para tornar a produção mais sustentável, pesquisa da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) e do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) da USP, em Piracicaba, verificou as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) durante o cultivo da soja, a extração do óleo, a produção e a distribuição do combustível. O estudo coordenado pelo professor Carlos Eduardo Cerri mostra que integrar a extração do óleo e a fabricação do biodiesel na mesma unidade industrial reduz as emissões na etapa de produção.

O trabalho também recomenda o uso responsável de insumos durante o cultivo da soja, pois fertilizantes e corretivos respondem pela maior parte das emissões da fase agrícola. A avaliação das emissões foi dividida em quatro etapas: agrícola, extração, produção de biodiesel e distribuição. 'Neste estudo, foram consideradas duas configurações de produção do biocombustível, o sistema de produção não integrado e o integrado', explica o professor. 'No sistema não integrado, as etapas de extração do óleo de soja e produção do biocombustível ocorrem em unidades industriais diferentes e no sistema integrado, as etapas de extração e produção ocorrem na mesma unidade industrial.'

Para obter os dados da etapa agrícola, o estudo reuniu informações sobre a produção de soja em 114 fazendas no Mato Grosso, entre as safras de 2007/2008 e 2009/2010. 'Foram consideradas emissões diretas da produção de soja, que incluem a aplicação de fertilizantes nitrogenados, calcário, insumos orgânicos e defensivos agrícolas, além da produção de sementes e decomposição de resíduos da colheita, e emissões indiretas da aquisição de insumos agrícolas', observa o professor. 'Na etapa de extração, além das emissões diretas provenientes da combustão em geradores, caldeiras e silos, foram consideradas emissões indiretas originadas pela produção e transporte dos insumos industriais e combustíveis e pela aquisição de energia elétrica para armazenamento e processamento dos grãos.'

Na etapa de produção, foram contabilizadas emissões diretas de Gases de Efeito Estufa (GEE) provenientes da combustão estacionária em geradores e caldeiras e emissões indiretas da produção e transporte de insumos industriais e combustíveis e pelo consumo de eletricidade nas fábricas. 'Na distribuição, foram levadas em conta emissões diretas da combustão em fontes móveis do transporte rodoviário e marítimo e emissões indiretas da produção e transporte de combustíveis', afirma Cerri. 'A pesquisa considerou quatro rotas de distribuição do biocombustível produzido no Mato Grosso, para Paulínia (interior de São Paulo), visando ao mercado interno, Santos, Paranaguá (Paraná) e de Santos à Europa, para o mercado externo.'

Clique aqui para continuar lendo.

Fonte: Jornal da USP
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