A indústria de biodiesel está otimista com o aumento da mistura de combustíveis de fontes renováveis ao diesel, a partir do próximo ano. No Rio Grande do Sul, a expectativa é de que a procura pela soja, a principal matéria-prima do biocombustível cresça, já na próxima safra.
O biodiesel é um combustível extraído de fontes renováveis, principalmente da soja.
No Brasil, ele misturado ao diesel, que a partir do próximo ano, essa mistura vai ser maior. O Conselho Nacional de Política Energética garantiu a adição gradual de biodiesel no diesel, a partir de 2019. Hoje são 10%, até 2023 serão 15%. É 1% por ano que representa muito, principalmente para cadeia da soja. "A oportunidade de crescimento de mercado vai gerar mais empregos, novos investimentos e mais demanda de matéria prima.", disse Erasmo Carlos Battistela, presidente do Conselho da APROBIO e diretor-presidente da BSBIOS.
Só a BSBIOS, com um unidade de produção em Passo Fundo/RS, é responsável pela produção de 540 milhões de litros de biodiesel por ano. A soja representa mais de 70% do que é produzido pela empresa.
Ela é a maior indústria de biodiesel no Sul do país e já prepara uma ampliação pra produzir mais a partir do próximo ano. Em todo o país, a produção de biodiesel atingiu a marca de quase 5,5 bilhões de litros em 2018.
O engenheiro agrônomo, Elmar Floss, acredita que os efeitos do incremento do biocombustível no diesel já vão aparecer na próxima safra de soja. "Isso ajuda a garantir bons preços para a soja, porque vai somando além do valor econômico maior, que é a proteína da soja, tem ainda também a valorização desse óleo, que como eu disse, representa 20% do peso do grão."
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Hora 1