Pelo menos é o que afirmam especialistas do setor na Indonésia, maior produtor mundial da commoditie
Os recentes apelos do Parlamento Europeu para que parem de importar biodiesel, a partir de óleo de dendê bruto (CPO), afetarão negativamente a própria economia e meio ambiente do bloco. A afirmação foi feita por representantes indonésios do setor do óleo de palma em recente workshop realizado no país.
"Consideramos que as chamadas da UE para suspender as importações de biocombustíveis baseados em CPO em 2020 serão prejudiciais à sua própria economia já que CPO é o mix mais barato para o biocombustível", disse Panggah Susanto, diretor-geral do Ministério de Agroindústria da Indonésia.
Uma declaração semelhante foi feita por Sahat Sinaga, diretor executivo da Indonesian Vegetable Oil Refiners Association (GIMNI), que afirmou que ao não utilizar óleo de palma para gerar biocombustíveis a UE deve investir na produção local de seus óleos de colza e girassol.
Contudo, de acordo com Sinaga, esse será um problema ambiental para o bloco visto que a colza e o girassol precisam de mais terras para produzir o mesmo volume de óleo.
"Uma tonelada de colza só pode produzir 1,2 toneladas de biocombustíveis, enquanto uma tonelada de óleo de palma pode ser transformada em 12 toneladas de biodiesel, por exemplo", finalizou o representante do governo.
No último 4 de abril o Parlamento da UE emitiu uma resolução para interromper a importação de biocombustíveis baseados em CPO e importar apenas óleo produzido de forma sustentável. O documento pede ainda, que depois de 2020, os países apliquem um único padrão de sustentabilidade para a importação do insumo.
A Indonésia é o maior produtor mundial da commoditie, com mais de 30 milhões de toneladas anuais, onde estima-se que cerca de 80% desse volume tenha sido exportado no ano passado.
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Fonte: The Jakarta Post