Na última quinta-feira (23), uma coalizão da indústria de biodiesel dos EUA liderada pelo Conselho Nacional de Biodiesel (National Biodiesel Board, ou NBB) pediu ao Departamento de Comércio e a Comissão de Comércio Internacional que fosse aplicada medidas anti-dumping e de compensação contra as exportações de biodiesel argentino.
Os peticionários denunciam os produtores de biodiesel do país por exportar a preços de dumping e se beneficiar de trade- subsídios distorcidos - que favorecem as exportações prejudicando a indústria americana.
Segundo representantes do governo argentino, a alegação de dumping não procede e os argumentos utilizados já foram rejeitados pelos tribunais internacionais. Em 2016, a OMC (Organização Mundial do Comércio) decidiu em favor da Argentina, tanto em primeira instância como em recurso, ação semelhante proposta pela União Europeia. Atualmente o bloco revê suas políticas para uma reabertura de mercado ao produto argentino.
Graças à sua vantagem comparativa, na produção de soja, a Argentina possui uma indústria altamente eficiente de biodiesel. Tal cenário propicia o surgimento de demandas protecionistas em várias partes do mundo. Alguns países chegam a impor barreiras a esse comércio, prejudicando produtores, exportadores e o próprio setor, ao minar os esforços na luta pela redução do consumo de combustíveis fósseis.
Em comunicado, o governo argentino ressalta que pretende apoiar os produtores argentinos e continuar os esforços para que o livre comércio internacional premie a eficiência e proteção ambiental.
Fonte: Revista Chacra