O presidente eleito, Jair Bolsonaro, anunciou nesta semana que a ministra da Agricultura do próximo governo será a deputada federal Tereza Cristina Dias.
Ela nasceu no Mato Grosso do Sul, é formada em Agronomia e lidera a Frente Parlamentar da Agropecuária no Congresso.
Tereza Cristina foi a primeira mulher indicada a um ministério pelo presidente eleito. Ela teve apenas um breve encontro com Jair Bolsonaro e só na próxima terça-feira deve acertar os detalhes sobre a composição do ministério.
A futura ministra falou com a reportagem do Globo Rural sobre temas importantes para o setor. Veja os principais trechos:
Após idas e vindas, ficou definido que o Ministério do Meio Ambiente não será extinto.
"Vai ser importantíssima essa sinergia entre os dois ministérios. Por que? Porque os ganhos que você pode ter no seu produto, vendendo um produto porque tem o selo verde, que tem um protocolo A, B, C ou D. Então, se você tiver uma sinergia, todo mundo ganha. Ganha o ambiental e ganha quem está produzindo de maneira mais sustentável", diz a ministra.
"Acordos são importantíssimos, é preciso ter uma relação muito estreita entre o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e o Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty). Porque ainda temos muito para crescer na nossa produção, tanto animal quanto vegetal. Por exemplo, a Ásia é um mercado com potencial abertura, então (o trabalho) é fazer com que os embaixadores que estejam lá também ajudem o Brasil a fazer acordo, a vender nossos produtos, a mostrar as qualidades do Brasil.'
'O projeto de lei que está tramitando na Câmara é uma lei que traria modernidade, que traria governança, transparência, para que o produtor brasileiro tivesse produtos de geração mais nova no mercado mais rapidamente. Esses produtos são mais tecnificados, eles atenderiam, seriam menos tóxicos, se usaria menor quantidade, menos pulverizações.'
'Eu acho que isso aí é uma conversa que hoje eu não tenho como dizer, mas será uma conversa naturalmente de dentro do governo para saber as prioridades. Mas eu posso dizer uma coisa. (Vamos) terminar as terras que precisam ser tituladas e dar condições para esses que já estão vivendo na terra, que às vezes não têm água, estão lá há 20 anos e não têm água potável para beber, para as suas criações, enfim.'
'Eles (pequenos produtores) precisam de assistência técnica, de segurança jurídica, como os grandes precisam. Precisam de crédito. As necessidades são as mesmas. Mas do que eles precisam, de fato, é crédito e assistência técnica. Porque com assistência técnica de boa qualidade, não só no papel, você (acaba) achando os nichos de mercado e produção que esses assentamentos podem ter. Com certeza eles serão viáveis, sustentáveis, as pessoas terão renda.'
Fonte: Globo Rural
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