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31 mar 2017 - 08:43
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Expansão das energias renováveis deve continuar, apesar de Trump

A cada ano, o total de energias renováveis em construção já supera todas as outras fontes combinadas. Até 2020, a quantidade de eletricidade gerada a cada ano será maior do que a atual demanda combinada de eletricidade da China, Índia e Brasil.


As vantagens econômicas das energias renováveis significam que sua expansão global continuará Independentemente dos rumos dos Estados Unidos. As energias limpas serão as fontes com maior crescimento nos próximos cinco anos, de acordo com a Agência Internacional de Energia, que prevê que a capacidade das renováveis crescerá 42% até 2021, acrescentando 825GW - o equivalente a mais de 75% da capacidade total de energia da União Europeia.


Até 2020, a quantidade de eletricidade gerada a cada ano será maior do que a atual demanda combinada de eletricidade da China, Índia e Brasil. Um único país como os Estados Unidos pode afetar marginalmente a velocidade dessa expansão, mas a dimensão desta tendência significa que é improvável que haja algum efeito significativo.


A cada ano, o total de energias renováveis em construção já supera todas as outras fontes combinadas. A energia renovável é agora a segunda maior fonte de eletricidade no mundo, depois do carvão, fornecendo quase um quarto do poder mundial.


Em 2015, a capacidade de geração renovável aumentou em 153 gigawatts (GW), o equivalente a cerca de um terço da média da demanda de eletricidade dos EUA.  Juntas, as energias eólica (63GW) e solar (49GW) responderam por cerca de três quartos das novas adições. Somente o total adicionado de energia eólica seria suficiente para alimentar 51 milhões de casas (isso levando em conta o consumo de uma residência típica dos EUA, que é maior do que na maioria dos outros países).


Por trás desse crescimento estão maciços investimentos.  Em 2015, US$ 265,8 bilhões foram investidos em energias renováveis, excluindo-se a energia hidrelétrica.  Isso é mais do que o dobro do investimento em carvão e gás (cerca de US $ 130 bilhões).  Quem lidera essa nova corrida energética não são os norte-americanos.  A China já ultrapassou os Estados Unidos como o maior investidor em energias renováveis, respondendo por US$ 102,9 bilhões em 2015, mais que o dobro de qualquer outro país. Os EUA investiram US$ 44,1 bilhões em 2015. Em janeiro de 2017, a China anunciou que irá investir US$ 361 bilhões em energias renováveis até 2020.   Até 2021, a China  deverá responder por 40% do total de adições em energias renováveis até 2021.


Os investimentos chineses em renováveis já resultaram em 3,5 milhões de empregos e o governo espera alcançar 13 milhões por 2020 - o equivalente a adicionar mais de 5.000 novos empregos por dia.   Entre 2012 e 2015, a China adicionou 1,8 milhão de empregos em energias renováveis, em comparação com 157.000 nos EUA. As empresas chinesas dominam o mercado global de energia renovável. As seis maiores empresas de energia solar são chinesas.

Atualmente as energias renováveis são mais baratas do que os combustíveis fósseis em muitos contextos, graças à dramática queda no custo das energias eólica e solar. O custo médio global de geração de eletricidade a partir de carvão foi de US$ 51-88 / MWh em 2016. Para a eólica terrestre foi de cerca de US$ 68 / MWh, e para solar fotovoltaica, US 29-100 / MWh. Em 2015/16, os desenvolvedores de projetos ganharam contratos para construir unidades de energia renovável a preços baixos recordes - US$ 35 por megawatt-hora para energia eólica onshore no Marrocos, US$ 30 / MWh para energia solar em Dubai e US$ 29 / MWh no Chile.


Entre 2010 e 2015, o custo de produzir eletricidade em unidades de energia eólica em terra caiu cerca de 30%, enquanto o custo da produção de eletricidade a partir de energia solar em escala reduziu-se em dois terços. O custo dos módulos solares caiu em até 80% entre 2010 e 2015.


Fonte: www.ciclovivo.com.br
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