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29 mai 2017 - 08:40
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Estudo indica que priorização do ônibus e uso consciente de carros reduziria poluentes em São Paulo

O Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA) lançou o 'Inventário de emissões atmosféricas do transporte rodoviário de passageiros no município de São Paulo', um estudo inédito que mostra a participação de cada modo de transporte (automóveis, motocicletas e ônibus) e os combustíveis utilizados (gasolina, álcool e óleo diesel) nas emissões de poluentes locais e Gases de Efeito Estufa (GEE), ao longo de 24 horas de um dia típico da cidade.

O estudo, disponível na plataforma http://emissoes.energiaeambiente.org.br, indica que os automóveis são responsáveis por 72,6% das emissões de GEE e respondem por 88% dos quilômetros rodados por veículos. Aproximadamente 30% das pessoas se deslocam de carro e moto, 30% a pé e 40% de transporte público (ônibus, metrô e trem), segundo a pesquisa Origem e Destino 2012. 'O combate à poluição atmosférica e a redução de emissões de GEE passam pela necessidade de esclarecer que o transporte público não é o principal vilão na emissão de poluentes. É preciso buscar soluções que desestimulem o uso do transporte individual motorizado. Isso inclui melhorias de infraestrutura e de tecnologia do transporte público, bem como incentivos aos modos ativos, para aumentar as viagens a pé e de bicicleta', afirma André Luís Ferreira, diretor-presidente do IEMA.

O inventário de emissões orienta as escolhas por meios mais adequados de se locomover na cidade, a melhoria tecnológica dos veículos e o uso consciente dos automóveis. 'Material particulado e ozônio são os poluentes mais críticos em São Paulo, e o inventário mostra que é necessário reduzir principalmente as emissões dos automóveis, mas também dos ônibus', indica David Tsai, coordenador da área de emissões do IEMA.

Segundo a instituição, o inventário de emissões é uma ferramenta que contribui tanto para melhorar o transporte quanto para combater a poluição do ar, dois temas críticos em grandes metrópoles como São Paulo. Novos estudos deveriam ser uma prioridade, pois são imprescindíveis para a gestão pública, não só na agenda de desenvolvimento e implementação de Políticas Públicas, mas também no seu monitoramento. 'O inventário de emissões deve ser continuamente aprimorado, para permitir análises cada vez mais precisas e abrangentes. O transporte de cargas e as fontes fixas de emissão podem ser os próximos temas', afirma Tsai.

Clique aqui para continuar lendo.

Fonte: Via Trolebus
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