Os produtores europeus de biodiesel anunciaram nesta quarta-feira (27) que irão apresentar uma denúncia para a Comissão Europeia contra o biodiesel argentino. Eles argumentam que o processo do biocombustível no país está subsidiado (por efeito dos direitos sobre a exportação, as "retenciones") e levarão adiante a reclamação apesar da queda das taxas que a União Europeia instituiu nesta semana.
Quatro anos depois de ter fechado os negócios para o produto argentino, a Europa teve que baixar suas taxas de 24,6% a cerca de 4.6% a 8,1% para a importação proveniente do país sul-americano. A proteção total efetiva ronda os 15%.
A Câmara Europeia de Biodiesel (EBB), que apresentará o caso de anti-dumping, sinalizou: "Será pedida a imposição de direitos compensatórios de alto nível e de forma rápida, necessária para prevenir um grande fluxo de produtos da Argentina".
Os europeus argumentaram que existe um subsídio devido às retenciones. A soja paga 30%, o seu óleo, que é a matéria-prima do biodiesel, 27%, enquanto o biocombustível paga 0,13% quando exportado. Isso significaria que os exportadores argentinos podem vender biodiesel a um preço inferior ao custo da matéria-prima.
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Fonte: La Nación, publicado no Notícias Agrícolas