Segundo avaliação da presidente da ABEEólica (Associação Brasileira de Energia Eólica), Elbia Gannoum, o cenário é muito favorável no médio e longo prazo. 'No cenário econômico, o pior já passou. Hoje, eu diria que as expectativas são muito boas, com a retomada do país e a necessidade de energia para crescer'.
Para Gannoum, o Brasil é campeão no quesito de energias renováveis, com potencial muito grande, e principal fonte renovável é a eólica. 'Temos o melhor vento do mundo: melhor qualidade, competitivo, menor preço e com interesse dos investidores', ressaltou.
O vento brasileiro, especificamente no Nordeste e no Rio Grande do Sul, tem produtividade acima da média mundial - que é de 30% da capacidade instalada. Em estados como Ceará, Rio Grande do Norte e Piauí, o fator de capacidade fica acima de 40% no ano e chega a 60% de julho a outubro, similar ao de uma hidrelétrica.
O inverno e a 1ª metade da primavera são as melhores fases, que coincidem com esvaziamento dos reservatórios. 'É uma complementaridade quase que perfeita, quando começa a melhor chuva, cessam os ventos, quando tem menos chuva, vem o melhor vento', explicou Gannoum.
'[A energia éolica] não pode despachar quando quer, mas tendo (vento), despacha e guarda água nos reservatórios, assim como reduz o uso de outras fontes. É muito mais prudente do que gastar bilhões de reais em termelétricas como se faz. Foram R$ 30 bi em 2015 e 2016' complementou o coordenador de Clima e Energia do Greenpeace, Ricardo Baitelo.
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