Transição do modelo econômico é parte da guinada no padrão energético da potência asiática
As pedras com que são construídas as casas tradicionais da aldeia de Qianjuntai, nas montanhas a nordeste de Pequim, têm veios enegrecidos. É um lembrete de que, por muito tempo, um dos seus grandes criadores de emprego foi a companhia municipal de carvão da capital. Mas essas minas, ineficientes, estão prestes a fechar as portas. 'Ainda não decidi o que vou fazer. Com certeza vou para a cidade, para Pequim. Vou procurar um trabalho lá, talvez como entregador', diz Li, de 32 anos, um dos trabalhadores que logo ficará sem emprego.
A 80 quilômetros ao sul, em sua confortável casa de dois pisos em Hekou, uma aldeia nos arredores da capital, a agricultora Hei Zhulan não para de sorrir enquanto mostra seu novo tesouro: a reluzente caldeira a gás natural permitiu dizer adeus ao carvão. 'E completamente grátis, graças aos subsídios do Governo municipal', explica, durante uma visita a sua aldeia organizada pelas autoridades de Pequim para a imprensa.
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Fonte: El País
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