O biodiesel, atualmente, representa um dos produtos renováveis mais promissores no que tange à redução de gases poluentes oriundos de combustíveis fósseis de elevada massa molar.O potencial produtivo e competitivo do biodiesel é bastante limitado no que se refere ao custo de matéria prima vegetal, que contribui para a elevação no preço final do produto.Além disso, outros fatores que legitimam sua produção são os valores cobrados por galão de petróleo e potencial escassez futura deste combustível não renovável. O aumento na exploração comercial de biodiesel e a busca por matéria prima de custo mais acessível torna a produção mais viável e versátil.
Uma das várias possibilidades de matéria prima de custo reduzido são os refugos (vísceras, barbatanas e caldas) de peixe. O Tambaqui (Colossomamacropomum) é um peixe rico em óleo, originário da bacia Amazônica, com carne e sabor bastante apreciada para o preparo de diversas receitas da cozinha nacional.
Na natureza pode atingir até 40 kg e 1 metro de comprimento; alimenta-se de frutos e sementes; fazem migrações de alimentação e reprodução das calhas principais dos rios para igapós, várzeas e lagos amazônicos.Diante do que foi exposto, necessita-se de mais informações sobre o biodiesel de peixe, sendo uma matriz pouco explorada pelo meio cientifico e industrial para uma produção em larga escala.
O objetivo deste trabalho é analisar as características físico-químicas do biodiesel a partir de óleo do peixe Colossomamacropomum, comparando os resultados obtidos com os disponíveis na literatura e os estabelecidos pela ANP, bem como, desenvolver um estudo de eficiência da conversão de resíduos de peixe em biodiesel.
Trabalho Apresentado no 6° Congresso da Rede Brasileira de Tecnologia de Biodiesel e 9º Congresso Brasileiro de Plantas Oleaginosas, Óleos, Gorduras e Biodiesel.Trabalho completo: Livro 2, p. 737.
Fonte: Congresso da Rede Brasileira de Tecnologia de Biodiesel