As exportações brasileiras de soja deverão atingir 67,8 milhões de toneladas neste ano, 16 milhões mais do que em 2016. Os dados são da Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais). Enquanto o Brasil ganha espaço no mercado mundial de soja, os Estados Unidos perdem. Dados do Usda (Departamento de Agricultura dos EUA) desta terça-feira (12) indicam que as vendas externas de soja dos americanos deverão ficar em 60,6 milhões de toneladas em 2017/18, abaixo da previsão anterior de 61,2 milhões. O volume de 2016/17 foi de 59,2 milhões. Fábio Trigueirinho, da Abiove, diz que o bom desempenho das exportações brasileiras se deve à safra recorde de soja deste ano, às dificuldades tributárias internas das indústrias (ICMS, PIS/Cofins e Funrural) e à política chinesa de dar preferência às importações de grãos. Os números da soja apontam para vários recordes neste ano. Além das exportações, o país produziu 113,8 milhões de toneladas e processou 41,5 milhões. As receitas externas, também recordes, subiram de US$ 25,4 bilhões, em 2016, para US$ 31,5 bilhões neste ano. Para 2018, a entidade prevê produção de 109,5 milhões de toneladas de soja. Destas, 65 milhões serão exportadas e, devido à demanda maior de biodiesel, 43 milhões serão processadas internamente. Os preços externos da soja deverão ficar estáveis no próximo ano. Com isso, as exportações do complexo (soja em grãos, farelo e óleo) deverão garantir receitas de US$ 30 bilhões, inferiores às deste ano. BIODIESEL Com a mudança da mistura do biodiesel ao diesel de 8% para 10% no próximo mês de março, a demanda de soja para a produção do combustível subirá para 18,5 milhões de toneladas em 2018. A demanda de biodiesel atingirá 5,5 bilhões de litros no período. Fonte: Folha de S.Paulo
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