Os biocombustíveis são a alternativa mais adequada para auxiliar na redução da emissão de gás carbônico no meio ambiente. As duas últimas décadas foram marcadas pela intensificação das discussões sobre temas ambientais, principalmente devido às mudanças climáticas e ao aquecimento global.
As emissões de gases do efeito estufa têm sido vistas como as principais responsáveis por esse cenário negativo, por isso os governos do mundo inteiro têm fomentado a intensificação da produção e do consumo de fontes renováveis de energia. Atualmente, os biocombustíveis são apontados como alternativa realista e comprovada para cumprir com sucesso as reduções de emissões de gás carbônico em larga escala, impulsionar o crescimento econômico e melhorar a segurança energética.
Existem quatro gerações de biocombustíveis, conheça um pouco mais sobre cada uma delas:
Primeira Geração
Para a produção dos biocombustíveis de primeira geração são utilizados açúcares, amidos ou óleos vegetais. Eles não entram no grupo dos biocombustíveis vistos com bons olhos, quando produzidos a partir de grãos como milho ou canola, pois apresentam diversos problemas: podem impactar negativamente no preço dos alimentos, podem ameaçar a biodiversidade (quando feitos a partir de óleo de palma, por exemplo), apresentam balanço de carbono ruim, pois não reduzem significativamente a emissão de gases do efeito estufa e, às vezes, podem até atrapalhar a redução.
Segunda Geração
Devido à mudança na bioconversão, é possível utilizar todas as formas de biomassa lignocelulósica (macromoléculas orgânicas complexas), inclusive resíduos agrícolas e industriais, árvores e determinadas espécies de grama. Em algumas situações são utilizadas enzimas e/ou micro-organismos para auxiliar na quebra de celulose e lignina, facilitando a obtenção dos açúcares contidos na biomassa. Os biocombustíveis de segunda geração podem reduzir em 90% as emissões de gás carbônico na atmosfera, em comparação aos combustíveis fósseis.
Terceira Geração
O foco dos biocombustíveis de terceira geração é a intervenção direta na produção de biomassa no campo da genômica. Para isso as colheitas destinadas à energia são previamente projetadas, utilizando técnicas eficientes de procriação rápida, com a premissa de gerar plantas que possuam propriedades mais apropriadas para converter em bioprodutos.
Quarta Geração
Os biocombustíveis de quarta geração têm foco na retirada de gás carbônico da atmosfera, armazenando-o em seus troncos, galhos e folhas. A biomassa abundante em carbono é transformada em combustível e gases utilizando técnicas de segunda geração. Além de serem combustíveis e gases renováveis, são considerados carbono-negativo, pois retiram gás carbônico da atmosfera.
Fonte: BioBlog/Celulose Online