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07 dez 2018 - 08:59
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AIE aponta que matriz energética brasileira é a menos poluente e com maior participação dos combustíveis renováveis

A Agência Internacional de Energia (AIE) é uma instituição ligada à Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), e congrega países que representam 70% do consumo total de energia no mundo. Há pouco mais de um ano, o Brasil passou a integrar a AIE como membro, juntamente com China, Índia e Indonésia.

O relatório "Market Report Serie: Renewables 2018" publicado recentemente pela AIE, afirma que o Brasil apresenta a matriz energética menos do poluente do mundo e com maior espaço para participação de combustíveis renováveis, entre os maiores consumidores globais de energia. O estudo também aponta que o Brasil deve chegar a 45% de fontes renováveis na matriz energética em 2023. Atualmente o percentual está em 43%, segundo o Ministério de Minas e Energia.

"O Brasil é a estrela ascendente no uso sustentável de energia. A enorme parcela de renováveis na matriz energética brasileira é uma fonte de inspiração para muitos países em todo o mundo" - disse o diretor-executivo da AIE, Fatih Birol, no dia 19 de novembro, durante o lançamento do Relatório sobre o Mercado de Energias Renováveis da AIE, em evento realizado no Palácio do Itamaraty, tendo como anfitrião o Embaixador José Antonio Marcondes de Carvalho, Subsecretário de Energia, Meio Ambiente e Ciência e Tecnologia, do Ministério das Relações Exteriores.

As perspectivas são promissoras para o segmento de biocombustíveis. Os Estados Unidos, recentemente, autorizaram o aumento da mistura de álcool à gasolina de 10% para 15%. A Índia passou a dar maior destaque aos biocombustíveis e, a partir de 2020 a China vai adicionar 10% de etanol à gasolina em todo o país.. Por fim, o Canadá demostrou interesse em implementar uma política semelhante ao RenovaBio, aprovado no Brasil, com o objetivo de expandir a produção e o consumo dos biocombustíveis, com base na previsibilidade e sustentabilidade ambiental e socioeconômica.

No Brasil, durante os primeiros dez meses de 2018, o etanol produzido principalmente a partir da cana-de-açúcar substituiu 43,6% do consumo de gasolina, e o biodiesel em breve estará substituindo 15% do diesel fóssil, gerando emprego e alavancando progresso e renda nas regiões em que se instalaram. Mas a produção de etanol de cana e de milho, e de biodiesel de óleo de soja tem crescido, e podem crescer muito mais. Afinal, faz mais sentido produzir e exportar produtos finais de maior valor agregado, como os biocombustíveis e as proteínas.

O Brasil é a maior referência mundial em biocombustíveis, e tem sido reconhecido pela Agencia Internacional de Energia e a Agencia Internacional de Energia Renovável pelo potencial que tem para continuar expandindo esse protagonismo, com sustentabilidade, eficiência e baixo impacto ambiental. Segundo essas agências, até 2030 a proporção da bioenergia na demanda mundial de energia precisa duplicar, e a proporção dos biocombustíveis sustentáveis precisa triplicar, para que se alcance o objetivo de limitar o aquecimento global a 2 graus Celsius até 2050.

Fonte: TN Petróleo
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