O presidente da Be8, Erasmo Battistella, defende a necessidade de expandir produção e as exportações de biocombustíveis como uma das principais oportunidades do Brasil no contexto da transição energética. Battistella foi o palestrante desta quarta-feira (02), durante o evento Tá Na Mesa, promovido semanalmente pela Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande Sul (Federasul).
Com o tema “A transição energética: desafio ou oportunidades?”, o presidente da produtora de biodiesel destacou também o potencial de retorno à economia. De acordo com a Be8, cada litro de biodiesel produzido gera quatro vezes mais de retorno para a economia brasileira do que o diesel fóssil. Mas a questão vai além do fator econômico: “os biocombustíveis conseguem fazer a transição energética de forma mais economica, porque gera mais PIB, de forma ambiental porque reduz as emissões e de forma social porque gera emprego de qualidade”, declarou. Battistella é diretor do Conselho de Administração da Associação dos Produtores de Biocombustíveis (Aprobio) e conselheiro convidado do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável do governo federal.
Quanto ao papel do Rio Grande do Sul no cenário nacional dos biocombustíveis, Battistella destacou que o estado enfrenta desafios de matéria-prima, fortemente afetada pela estiagem, bem como de infraestrutura logística. “Se as indústrias gaúchas não conseguirem ter competitividade em chegar no Sudeste, estaremos fora do mercado”, declarou, ressaltando que a região concentra a maior parte do consumo nacional.
Há 20 anos no mercado de biodiesel no Brasil, a Be8 ambiciona liderar a transição energética no país, reduzindo a dependência de combustíveis fósseis e ampliando a geração de fontes renováveis de energia. Com fábricas também no Paraguai e na Suíça, um dos focos de investimento da companhia é o etanol, incluindo a conclusão de uma planta industrial em Passo Fundo (RS) até o fim do ano, com capacidade de produzir 210 milhões de litros anualmente.
Fonte: Amanhã
