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21 mar 2025

Estudo aponta tendências do setor de biocombustíveis no Brasil

Um estudo realizado pela Fundação Eco+ apresenta as principais tendências do setor de biocombustíveis no Brasil e seus impactos na transição energética nacional e global. A pesquisa discute a ampliação da produção, os avanços tecnológicos, os desafios ambientais e o papel do país na oferta de fontes renováveis de energia.

O lançamento ocorre em um momento de discussões sobre o financiamento de ações climáticas, tema que deve ganhar destaque na COP30. O estudo destaca o Brasil como um dos principais produtores de biocombustíveis e aponta que, em 2023, o país foi responsável por 26% da produção mundial, atrás apenas dos Estados Unidos, que atingiu 40%, segundo a Agência Internacional de Energia (IEA).

A pesquisa também aborda a contribuição do setor para a economia brasileira. Estima-se que a produção de biocombustíveis gere cerca de um milhão de empregos diretos e dois milhões de empregos indiretos em mais de 1.600 municípios, além de representar aproximadamente US$ 150 bilhões do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.

Histórico do setor e políticas públicas
O estudo destaca os 20 anos do Plano Nacional de Biocombustíveis, criado em 2005 para incluir o biodiesel na matriz energética brasileira. De acordo com dados do Ministério de Minas e Energia, desde sua implementação, cerca de 77 bilhões de litros de biodiesel foram produzidos, resultando em uma economia de US$ 38 bilhões em importações de diesel fóssil.

Entre as regulamentações que impactam o setor, o estudo menciona a Lei do Combustível do Futuro, que prevê estímulos à ampliação do uso de biocombustíveis em setores como transporte e indústria. A legislação estabelece diretrizes para a utilização de diesel verde, biometano e combustível sustentável para aviação (SAF).

No caso do biodiesel, a norma estabelece um aumento progressivo da mistura obrigatória ao diesel fóssil, com previsão de atingir 20% (B20) até 2030. Segundo Flavio Iwassa, gerente sênior de Metilato de Sódio na BASF para a América do Sul, “o biodiesel já está sendo testado em frotas rodoviárias e fluviais sem mistura com outro combustível, mantendo práticas como controle de estocagem e aditivação”.

Infraestrutura e desafios da produção sustentável
A pesquisa aponta que um dos desafios para a ampliação dos biocombustíveis é a dependência de infraestruturas projetadas para combustíveis fósseis. A adaptação dessas estruturas exige investimentos e pode impactar o ritmo da transição energética.

O estudo destaca que o Brasil possui mais de 339 usinas certificadas para a produção de biocombustíveis, fator que facilita a distribuição e viabiliza a expansão do setor. Outra questão abordada é a necessidade de buscar matérias-primas mais sustentáveis para a produção.

Segundo Larissa Landete, Analista Sênior de Sustentabilidade Aplicada da Fundação Eco+, “o Brasil possui alta produtividade agrícola, permitindo a realização de duas safras anuais e reduzindo a competição entre biocombustíveis e produção de alimentos”. Ela menciona ainda o potencial de aproveitamento de resíduos de biomassa vegetal, o que pode minimizar impactos ambientais associados à conversão de uso da terra.

Iwassa afirma que “o biodiesel desempenha um papel estratégico na redução de emissões no Brasil, estimulando a economia circular com o uso de matérias-primas como óleo de cozinha usado e gorduras animais”.

O estudo também analisa o papel do Brasil na oferta global de biocombustíveis, o desenvolvimento de novas tecnologias e os desafios ambientais do setor. O material está disponível para consulta no site da Fundação Eco+.

Fonte: Modais em Foco

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