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5 set 2025

BNDES lança edital para investir R$ 5 bi em ‘fundos verdes’, com potencial de mobilizar R$ 18 bi

O BNDES lançou nesta segunda-feira o edital para selecionar fundos de investimento em empresas que receberão aportes de até R$ 5 bilhões somados, com foco em negócios ligados à transição para uma economia de baixo carbono. É a maior chamada para investimento em fundos da história do banco, informou a instituição.

Como as regras do edital preveem a captação também de recursos privados, a estimativa é que a iniciativa atrairá mais R$ 13 bilhões, mobilizando o total de R$ 18 bilhões em investimentos diretos nas empresas.

Batizado de Chamada de Clima, o edital de seleção faz parte da estratégia de retomada dos investimentos da BNDESPar, a empresa de participações societárias do banco de fomento. Em junho, o BNDES anunciou que investiria R$ 10 bilhões até o fim deste ano em ações de empresas — metade em participação acionária direta, e metade via fundos.

Resultado previsto para janeiro

O edital prevê a entrega das propostas de fundos até 20 de outubro. Podem se inscrever fundos já existentes ou projetos de criação de fundos, cujos recursos ainda serão captados. O resultado está previsto para ser divulgado em janeiro de 2026, segundo um comunicado do BNDES.

Poderão se inscrever, informou o BNDES, projetos de fundos ou fundos já existentes que invistam em empresas que atuem em:

  • Transição energética e ecológica;
  • Tecnologia para agricultura verde;
  • Descarbonização;
  • Reflorestamento, agroflorestas, manejo florestal sustentável e silvicultura regenerativa;
  • Preservação e recuperação de ecossistemas e biodiversidade.

No caso de fundos que já existentes, poderão se inscrever aqueles que estejam em fase de captação, ou seja, criados há relativamente pouco tempo e que ainda estejam recebendo aportes de investidores privados interessados.

Segundo o banco de fomento, foi feito um “mapeamento de mercado” para identificar o apetite de investidores por instrumentos financeiros “voltados à agenda climática”. “Gestores globais já manifestaram interesse em investir em projetos no Brasil, desde que a BNDESPar atue como investidora-âncora dos fundos”, informou o BNDES, em nota ao GLOBO.

Previsão é selecionar 7 fundos

O objetivo é selecionar sete fundos, em duas linhas. Na primeira, são cinco de private equity, que investem com a estratégia de comprar fatias de empresas, para influenciar na gestão. Essa linha ficará com R$ 4 bilhões dos valores a serem investidos pelo banco de fomento, com o limite de R$ 1 bilhão por fundo. Além disso, o aporte do BNDES não poderá passar de 25% do patrimônio total do fundo.

Em outra linha, são dois fundos de crédito, cujo objetivo é investir em títulos de dívida, como debêntures, ou recebíveis emitidos pelas empresas. Eles terão um total de R$ 1 bilhão, com um limite de R$ 500 milhões por fundo. O aporte do BNDES não poderá passar de 50% do patrimônio total.

Segundo o comunicado, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, avaliou que a seleção de novos fundos “tem o potencial de transformar a carteira de fundos da instituição” e “reforça o compromisso histórico banco e do governo do presidente Lula com a sustentabilidade ambiental”.

R$ 8,4 bi do BNDES em fundos que reúnem R$ 36 bi

A estratégia de manter uma carteira de fundos de investimento é tradicional no BNDES. O objetivo é chegar a empresas de menor porte, como startups de tecnologia.

Nesse modelo, os editais selecionam administradores e gestores, normalmente bancos de investimento, gestoras de recursos ou corretoras que já atuam no setor. Os vencedores então montam o fundo, e captam mais recursos junto a investidores privados, o que tem sido praxe nas regras de seleção do BNDES.

“O apoio do BNDES por meio de fundos amplia o acesso das empresas ao capital e crédito de longo prazo, estimula melhorias de gestão e dinamiza o mercado de capitais”, diz o comunicado do banco.

Atualmente, o BNDES tem R$ 8,4 bilhões investidos em fundos, cujo patrimônio total, quando somados os recursos de investidores privados, chega a R$ 36 bilhões.

Fonte: O Globo

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