Diplomatas brasileiros têm contado com colegas italianos para convencer os europeus na agenda sobre biocombustíveis. Ao longo do ano, delegações do Brasil e da Itália se reuniram em fóruns mundiais sobre o tema, que ganhou força a ponto de avançar nas negociações internas da União Europeia sobre mudanças climáticas, tradicionalmente resistente à produção de combustíveis com matéria-prima orgânica. Não se trata exatamente de um apoio à pauta brasileira em si. A Itália, país de forte indústria automobilística, tem uma agenda própria — e o Brasil espera poder se beneficiar dela.
A Itália conseguiu, por exemplo, que o Conselho Europeu do Ambiente, órgão da UE que reúne ministros da área, se comprometesse nesta semana a reconhecer em suas legislações o papel dos biocombustíveis no setor de transporte rodoviário –hoje, o bloco mira a eletrificação de veículos para a próxima década. Dois líderes políticos posam juntos em frente a um painel da COP 20 Brasil. O homem à esquerda veste terno escuro e gravata, enquanto a mulher à direita usa blazer azul claro. Ambos sorriem e seguram as mãos em gesto de união.
O comprometimento do bloco como todo é improvável, mas a Folha apurou que a Holanda também deve aderir ao objetivo. O continente é visto pelo governo brasileiro como fundamental no crescimento desse mercado, uma vez que a União Europeia tem hoje as políticas ambientais mais avançadas do mundo. A indústria de combustíveis do país enxerga potencial demanda a partir das regras do bloco que obrigam alguns setores, como transporte e indústria química, a reduzirem suas emissões de gases de efeito estufa nos próximos anos (Fonte: Folha de S. Paulo).
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