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10 out 2025

Julio Cesar Minelli, da APROBIO, propõe rota verde integrando o Brasil com biodiesel

Executivo da APROBIO conduziu debate estratégico sobre potencial de novos mercados do biodiesel brasileiro com membros do setor durante a Conferência BiodieselBr 2025

São Paulo, 07 de outubro de 2025 – No painel “Novos mercados para o biodiesel brasileiro”, durante a Conferência BiodieselBr, que terminou nesta terça-feira (07/10), Julio Cesar Minelli, Diretor Superintendente da APROBIO, destacou a importância do país pensar em uma conexão sustentável que ligasse as regiões do país.

“O que vocês acham se tivéssemos uma rota verde, que ligasse desde os principais produtores de biodiesel no Centro-Oeste e Sul com os principais mercados consumidores no Sudeste do Brasil, com postos de abastecimento com bombas B100 em pontos estratégicos?”, destacou Minelli ao mediar o debate com os painelistas Luis Resano, diretor da ABAC, e Ricardo Tomczyk, diretor da Amaggi. A tônica das exposições foi marcada pelo desafio coletivo, que deve ser superado com visão integrada e disposição para avançar juntos.

Uso de biodiesel em navios — uma janela global para o Brasil

No debate, foi enfatizado que o setor marítimo representa uma das linhas de conexão, oferecendo uma avenida promissora para o biodiesel brasileiro, alinhando-se ao movimento global de descarbonização do transporte marítimo.

Resano indicou que as normas internacionais pressionam para combustíveis com baixa emissão, criando demanda potencial para biocombustíveis marítimos — e o Brasil tem matéria-prima e escala para responder, mas precisa ter as certificações de origem que comprovem a sustentabilidade dessa matéria prima.

Tomczyk reforçou que empresas como a Amaggi já estudam rotas de exportação e combustíveis marítimos sustentáveis, conectando portos e logística de exportação às cadeias agrícolas. Minelli destacou que o Brasil pode construir uma ponte entre o agronegócio e o setor naval, agregando valor à produção doméstica e criando novas rotas de exportação.

Biodiesel para geradores estacionários

Os geradores também representam nicho interessante para diversificação de mercado, especialmente em regiões remotas e indústrias críticas. Resano mencionou que o uso de biodiesel em geradores pode proporcionar ganhos ambientais e reputacionais para empresas. Tomczyk citou casos de clientes que já avaliam migração parcial para B100 em sistemas isolados. “O fortalecimento desse uso com misturas maiores exige ajustes regulatórios, incentivos e padronização técnica”, disse Minelli.

O espaço do biodiesel em frotas cativas

Os painelistas reforçaram que frotas privadas ligadas às indústrias, usinas, transportadoras e setores retroalimentados configuram clientes estratégicos. Minelli aproveitou para reforçar que essa política de desbloquear mais rapidamente a adoção em frotas cativas alinha interesses públicos e privados com produtos com menor pegada de carbono com foco na descarbonização do seu transporte.

A AMAGGI tem muitos bons exemplos bem-sucedidos de uso B100 em sua frota. São tratores e máquinas agrícolas usados em fazendas próprias, em 105 caminhões (Scania e Volvo) de sua frota e um teste em embarcações com apenas biodiesel, que já percorreram 4.000 km bem-sucedidos sem nenhuma alteração no equipamento.

Impacto na imagem institucional

Resano relatou que alguns usuários voluntários já adotam biodiesel acima dos níveis mandatórios para reforçar imagem ESG, garantir segurança energética e antecipar regulações mais rígidas. Tomczyk referiu-se ao agronegócio que já enfrenta desafios climáticos e enxerga o uso de biodiesel voluntário como medida de resiliência e diferencial competitivo. Minelli elevou a discussão: “Trata-se de deixar de ver o biodiesel como obrigação para vê-lo como estratégia”.

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