X
BUSCA
QUEM SOMOS
ASSOCIADAS
NOTÍCIAS
VISÃO APROBIO
VÍDEOS
LINHA DO TEMPO
ENTRE EM CONTATO
ASSESSORIA DE IMPRENSA
11 jul 2025

Adoção do B15 marca avanço na cadeia do biodiesel para Mato Grosso

A partir do próximo mês, o Brasil oficializa o uso do B15 — mistura de 15% de biodiesel ao diesel fóssil —, medida que deve impactar positivamente toda a cadeia produtiva do agronegócio, em especial o setor da soja. A avaliação é de Henrique Mazardo, presidente do Sindicato das Indústrias de Biodiesel de Mato Grosso (Unibio MT), que celebrou o avanço como um marco para o país.

“A aprovação do B15 traz uma demanda maior para a indústria do complexo soja e representa imensos avanços”, afirmou Mazardo. Segundo ele, a medida garante previsibilidade ao setor desde 2024, quando foi sancionada a Lei do Combustível do Futuro. A legislação estabelece um cronograma de aumento gradual da mistura até 2030, quando será alcançado o B20.

O presidente do Unibio MT destaca que o B15 já deveria estar em vigor desde março, conforme previsto em lei. No entanto, o início foi adiado e só confirmado no último dia 25 de junho pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). “Vivemos um período de incerteza, mas agora temos segurança para planejar os próximos passos”, disse.

Com a nova proporção, estima-se que o país precisará esmagar cerca de 4,5 milhões de toneladas adicionais de soja. “O reflexo é importante não só para o setor de biodiesel, mas para toda a cadeia. Vai da valorização do grão para o produtor rural à descarbonização com mais energia limpa”, afirmou Mazardo.

A Unibio MT já se prepara para a próxima etapa: o B16, previsto para março de 2026. Para Mazardo, o calendário é essencial para garantir que a cadeia produtiva e os investidores possam se planejar. “É uma vitória não só do Mato Grosso, mas do Brasil como um todo”, declarou.

Outro ponto destacado pelo presidente do sindicato durante a entrevista foi a necessidade de fiscalização rigorosa da mistura. “Não basta só a lei. É fundamental garantir que o biodiesel chegue corretamente aos postos e que haja concorrência leal entre os distribuidores”, enfatizou.

Além da soja, o setor também vê espaço para outras matérias-primas, como o óleo de algodão, óleo de milho e sebo bovino. “O óleo de soja responde por quase 80% da produção de biodiesel no Brasil, mas temos uma cadeia diversificada e crescente”, explicou.

A produção de biodiesel também gera subprodutos de valor agregado. O principal deles é a glicerina, utilizada nas indústrias farmacêutica, alimentícia, química e na construção civil. “Cerca de 10% do volume final da produção vira glicerina, que movimenta diferentes setores e é até exportada”, destacou Mazardo.

Mazardo reforçou, ao final, a necessidade de manter as políticas públicas voltadas aos biocombustíveis. “Trata-se de um dever ambiental e, ao mesmo tempo, de uma chance para impulsionar a economia. Estamos pavimentando um caminho rumo a um futuro mais sustentável e eficiente”, concluiu.

Fonte: Mato Grosso Econômico

Av. Brigadeiro Faria Lima, 1903
conj. 91 - Jd. Paulistano
01452-911 - São Paulo - SP
+55 11 3031.4721