HOME
ASSOCIAÇÃO
QUEM SOMOS
ASSOCIADAS
LEGISLAÇÃO
SELO COMBUSTÍVEL SOCIAL
RENOVABIO
ESTUDOS TÉCNICOS
PNPB
LEGISLAÇÃO
MERCADO
SUSTENTABILIDADE
NOTÍCIAS
VÍDEOS
CONHECA O BIODIESEL
CONTATO
NOTÍCIA
11 jun 2019 - 09:14
COMPARTILHAR
Compartilhar - Linkedin
Compartilhar - Facebook
Compartilhar - Twitter

Tecnologia no agronegócio: riscos e oportunidades

De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o agronegócio é responsável por 42% das exportações brasileiras, atingindo US$ 102 bilhões em 2018. Este desempenho representou um crescimento de 6% em relação ao ano anterior e uma contribuição para o saldo positivo na balança comercial brasileira de quase US$ 90 bilhões. Estes dados, aliados ao fato do agronegócio representar 23% do PIB do Brasil, não deixam dúvida quanto à relevância do segmento para a economia nacional. De acordo com dados do United States Department of Agriculture (USDA), o Brasil ocupa as primeiras posições na produção mundial dos principais produtos agrícolas consumidos no mundo, tais como soja, açúcar e café (primeira posição), carne bovina e de frango (segunda posição), além do milho (terceira posição), entre outros.

Manter a relevância do agronegócio na economia nacional tem sido especialmente desafiador para os participantes deste segmento. Os agropecuaristas brasileiros, além de terem que enfrentar os riscos inerentes ao seu próprio negócio, tais como condições climáticas, pragas que afetam a lavoura e as doenças que ameaçam suas criações, também precisam lidar com os efeitos da instabilidade econômica e política do País, greves, além da inerente precariedade da infraestrutura logística nacional.

Desta forma, o sucesso deste setor está significativamente associado com a capacidade de adaptação às incertezas por meio de instrumentos de gerenciamento de riscos, assim como a aplicação de tecnologias de ponta no desenvolvimento das lavouras e criações. A chamada "tecnologia de precisão" há muito tempo vem sendo desenvolvida e aplicada no campo com o propósito de elevar a produtividade de maneira a compensar as deficiências estruturais do País que vão além da porteira e, portanto, não gerenciáveis pelo produtor. A Embrapa, empresa de pesquisa vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que conta com 43 anos de suporte ao agronegócio, é uma referência mundial na agricultura de clima de tropical e uma das principais fomentadoras da inovação no campo.

Com o auxílio da tecnologia, os níveis de produtividade do agronegócio brasileiro tem desempenho igual, e muitas vezes superiores, aos seus principais competidores mundiais. No que se refere à soja, por exemplo, enquanto a produtividade média mundial da safra de 2017/18 foi de 2,74 ton/hectare, no Brasil, a produtividade foi de 3,47 ton/hectare. Os Estados Unidos, principal concorrente, tiveram uma produtividade de 3,31 ton/hectare, 5% inferior à do Brasil.

Neste sentido, as oportunidades de desenvolvimento de inovações tecnológicas para o campo são ilimitadas e, como parte deste processo, uma série de novas startups voltadas para desenvolver soluções de tecnologia no setor agrícola têm surgido nos últimos anos. De acordo com levantamento feito pela KPMG, em conjunto com o Distrito, das mais de 7 mil startups brasileiras, 135 estão voltadas exclusivamente para o mercado agro, e este número encontra-se em franca expansão. Estas startups têm atuado não só no desenvolvimento de ferramentas voltadas para a agricultura de precisão, assim como de soluções em robótica, drones, satélites, big data, inteligência artificial, entre outras.

Se, por um lado, a tecnologia tem trazido soluções para permitir o crescimento da relevância do agronegócio no PIB brasileiro, muitos desafios ainda precisam ser superados. Além de questões relacionadas à falta de infraestrutura ideal para permitir a conectividade, bem como uma velocidade de conexão adequada nas áreas de plantio mais remotas, as empresas do agronegócio têm passado a ser alvo constante dos chamados ataques cibernéticos nos últimos anos. De acordo com pesquisa realizada pela KPMG, em conjunto com a Oracle, com mais de 450 profissionais de segurança cibernética e TI, cerca de 80% destes profissionais estão preocupados com algum tipo de ataque cibernético. Tal preocupação se deve, principalmente, ao fato de que a maioria destes ataques está direcionado para áreas estratégicas do negócio, gerando a paralisação de operações, sequestro e perda de dados, danos à reputação e, consequentemente, perdas financeiras significativas ocasionadas por estas situações. Em outra pesquisa da KPMG, observa-se que os riscos relacionados às novas tecnologias é o segundo assunto que mais preocupa os altos executivos das empresas, atrás apenas de riscos relacionados com a perda de clientes estratégicos.

Desta forma, é inegável que o uso de tecnologias de ponta e a inovação no agronegócio tem contribuído significativamente para o crescimento sustentável do setor, bem como sua contribuição para a economia brasileira como um todo. Entretanto, face à relevância crescente da tecnologia para os negócios, é muito importante que as empresas do setor passem também a incluir, em seus processos de gerenciamento de riscos, aspectos relacionados à prevenção dos riscos associados a eventuais ataques cibernéticos.

Se por um lado, os investimentos em segurança cibernética podem representar um custo adicional para as empresas, esta também é uma boa oportunidade para os gestores e executivos aprofundarem seus conhecimentos sobre o seu negócio, visto que estratégias de segurança de TI e resiliência dos negócios sempre devem estar alinhadas com as metas globais da organização, desde a proteção da propriedade intelectual e de dados, até a maximização de sua produtividade por meio de novas tecnologias aplicadas no campo.

Fonte: Brasil Agro
ÚLTIMAS NOTÍCIAS
24 abr 2024

Governo aposta em biocombustíveis para fomentar agricultura familiar

 

+
SAIBA MAIS
23 abr 2024

Mudanças climáticas afetam saúde de 70% dos trabalhadores do mundo

+
SAIBA MAIS
23 abr 2024

Europa é o continente que aquece mais rápido, quase o dobro da média global

+
SAIBA MAIS
23 abr 2024

Tem volta? Limites planetários mostram urgência de ações para o clima

+
SAIBA MAIS
19 abr 2024

Brasil apoia iniciativa indiana para sediar Aliança Global de Biocombustíveis

+
SAIBA MAIS
TODAS AS NOTÍCIAS
Av. Brigadeiro Faria Lima, 1903 – cj. 91
Jardim Paulistano
01452-001 – São Paulo/SP
+55 11 3031-4721
APROBIO