Para John Sterman, professor no MIT, a saída dos Estados Unidos do acordo do clima atrapalha - mas não paralisa - a busca por uma economia de baixo carbono
Na contramão de um dos maiores consensos científicos e diplomáticos da atualidade, o presidente americano, Donald Trump, demonstrou seu descaso em relação ao aquecimento global ao retirar o apoio dos Estados Unidos ao
Acordo de Paris. Num discurso realizado no dia 1o de junho, o líder da segunda nação mais poluidora do planeta (depois da China) argumentou que o corte nas emissões de gases de efeito estufa estrangularia a economia. E minimizou o impacto do acordo ao citar dados do Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT) que indicariam a irrelevância da mobilização global para frear o avanço da temperatura do planeta.
A informação, no entanto, foi prontamente refutada por pesquisadores da própria universidade. Segundo o americano John Sterman, professor responsável pela iniciativa para a
sustentabilidade do MIT, a análise mais recente mostra que os esforços contidos no Acordo de Paris podem frear o aquecimento da Terra em quase 1 grau Celsius - segundo ele, o planeta teria um aumento de 3,3 graus até 2100, e não mais os 4,2 graus projetados. Essa diferença poderá ser vital para a qualidade da vida na Terra. Sterman lidera um grupo de simulação de negociações climáticas que auxilia governos, pesquisadores e executivos a projetar danos decorrentes do efeito estufa. Para ele, a firme adesão de outros países - e também de estados e até cidades nos Estados Unidos - vai dar continuidade à busca por uma economia de baixo carbono. De Boston, Sterman falou a EXAME.
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Fonte: Exame