“Todo volume de biodiesel que não incluímos na mistura tem de ser reposto por diesel fóssil e poluente importado, uma vez que o país não tem capacidade de refino suficiente para atender à demanda. Assim, transferimos empregos e valores para os países de onde importamos o diesel fóssil. É importante destacar que o uso do biodiesel gera empregos verdes, com remuneração acima da média, agrega valor à cadeia produtiva no Brasil, diminui a poluição nas grandes cidades, impactando na redução das contas públicas relacionadas à saúde, bem como ajuda o país a cumprir com a meta de descarbonização estabelecida pela ONU combatendo o aquecimento global. Ou seja, o biodiesel tem outras externalidades que ajudam o Brasil”. A afirmação é de Francisco Turra, Presidente do Conselho de Administração da APROBIO, ao ser questionado sobre o fato de o Brasil gastar demais com a importação de diesel.
“Cada ponto percentual de aumento no teor de biodiesel resulta em um ganho para a sociedade de R$ 30 bilhões ao ano, contabilizando os aspectos sociais, ambientais, saúde pública e econômicos. Gera redução de custos, aumento de produção, abertura de novos postos de trabalho e melhoria da qualidade de vida com a redução da poluição ambiental”, esclarece.
O posicionamento se dá diante da possível crise de abastecimento de diesel no Brasil no segundo semestre deste ano. O Brasil gastou em abril US$ 1,4 bilhão com a importação de diesel fóssil, maior dispêndio mensal com importação desse produto desde novembro de 2012.
Adiada votação de incentivo à produção de biocombustível pela agricultura familiar