O setor de biodiesel já tem uma nova unidade produtiva habilitada para participar do RenovaBio. A unidade produtiva instalada em Palmeiras de Goiás (GO) controlada pela Minerva teve sua certificação definitiva emitida esta semana. O processo da usina goiana havia atingido a etapa de consulta pública há pouco mais de dois meses.
No contexto geral, o impacto da adesão da Minerva na política nacional de descarbonização do setor de combustíveis será bastante limitado. A usina tem uma discreta 36ª posição entre 50 plantas de biodiesel autorizadas pela ANP a produzirem biocombustível no mercado brasileiro. O máximo que a Minerva pode fabricar por ano são 72 mil m³ de biodiesel.
Apesar de seu porte modesto, a Minerva não faz feio dentro do RenovaBio. Sua usina obteve Nota de Eficiência Energético-Ambiental (NEEA) de 77,1 gCO2eq/MJ o que permite que ela emita um CBio para cada 391,1 litros de biodiesel fabricados. Além disso ela poderá considerar até 53,4% de sua produção efetiva a emissão dos títulos de descarbonização.
No somatório geral, as usinas do setor de biodiesel que completaram o processo de certificação para o RenovaBio podem levar em conta apenas 37,2% de sua produção.
Com base nesses números, a Minerva vai poder gerar até 98,3 mil CBios por ano, fazendo com que a capacidade de emissões do setor de biodiesel chegue a 6,56 milhões de Cbios. Esse volume representa pouco mais de um quarto do volume de títulos que as distribuidoras terão que aposentar até o fim desde ano se quiserem cumprir integralmente as metas estipuladas pela ANP.
Produção real
No ano passado, a Minerva fabricou um pouco mais que 56,1 mil m³ de biodiesel. Esse volume seria suficiente para que a empresa emitisse 76,6 mil CBios.
Na semana passada, cada CBio foi negociado, em média, por R$ 31,06. Dessa forma, a Minerva poderia agregar mais R$ 197,2 mil a seu faturamento pelas emissões de carbono que seu produto evitou.
No ano passado, as entregas de biodiesel renderam à Minerva um pouco mais que R$ 271,2 milhões.
Fonte: BiodieselBR
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