Anúncio marca mudança no posicionamento da instituição, que resistia em vender ações do setor
A Universidade Harvard (nos EUA) vai encerrar seus investimentos em combustíveis fósseis, anunciou esta semana o presidente da instituição, Lawrence Bacow. A decisão atraiu elogios de ativistas ambientais, que há muito tempo pressionam entidades do setor de educação a retirarem seu dinheiro do segmento.
Em uma carta postada no site de Harvard , Bacow disse desde junho os fundos da universidade não tinham nenhum investimento direto em exploração de petróleo ou em empresas de desenvolvimento de combustíveis fósseis,.
"Diante da necessidade de descarbonizar nossa economia", ele prometeu que também não vai voltar a fazer esse tipo de investimento.
No comunicado, ele afirmou ainda que os investimentos indiretos da universidade —feitos através de capital privado e que representam menos de 2% do total— no setor de combustíveis fósseis "estão em modo de esgotamento", acrescentou ele. Representantes de Harvard não deram mais detalhes de como exatamente isso deve ocorrer.
O fundo de Harvard foi recentemente avaliado em US$ 42 bilhões, o maior valor entre todas as universidades do planeta. Há anos estudantes, ex-alunos e outros ativistas pressionam o comando da instituição para que ela vendesse seus ativos em combustíveis fósseis como uma maneira de combater a crise climática.
Em maio, um fundo ativista adotou uma abordagem diferente e ganhou três lugares no conselho da ExxonMobil, prometendo reformar o histórico climático da companhia de petróleo.
Durante a maior parte da última década, o comando de Harvard se opôs aos pedidos para vender as ações de empresas de combustíveis fósseis. Nos últimos anos, porém, a situação começou a mudar, especialmente depois que Bacow assumiu como presidente em 2018.
A pressão interna pelo desinvestimento também cresceu, inclusive de jovens membros eleitos no ano passado para um dos conselhos de liderança de Harvard e que tinha a medida como principal proposta. .
Um dos grupos ativistas, Divest Harvard, descreveu no Twitter a medida como "uma vitória enorme para nossa comunidade, o movimento climático e o mundo —e um golpe contra o poder da indústria de combustíveis fósseis".
Fonte: Folha de S.Paulo
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