Apesar de manter uma liderança para lá de folgada sobre a concorrência, nos últimos anos a soja tem perdido um pouco de sua tradicional dianteira. Ano passado, a participação da oleaginosa na matriz de matérias-primas do setor ficou abaixo de 70% pela primeira vez na história. No começo de 2020, no entanto, esse movimento perdeu um pouco de tração.
Segundo dados divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em fevereiro a produção de biodiesel a partir do óleo de soja ficou em 68,8%. São quase 2,5 pontos percentuais acima do resultado de janeiro.
No total, as usinas colocaram 332 milhões de litros de biodiesel de soja no mercado no mês passado, elevando o resultado deste ano para 641,5 milhões de litros. Isso faz com que o percentual do óleo de soja na produção de 2020 se eleve para 67,6%.
Essa é a maior fatia conquistada pela soja num primeiro bimestre desde 2016 quando abocanhou 73,8%.
Esmagamento
A produção das usinas absorveu um pouco mais 302,8 mil toneladas de óleo de soja o que exigiu o esmagamento de 1,59 milhão de toneladas do grão.
Nos primeiros dois meses de 2020, a demanda do setor de biodiesel já contribuiu com o processamento de 3,08 milhões de toneladas de soja. São quase 11,2% acima do nível de processamento exigido no ano passado.
Nesse meio tempo, a mistura obrigatória de biodiesel aumentou um ponto percentual. Em setembro passado, o mercado avançou para o B11.
Inversão
Em fevereiro, o sebo bovino e as matérias-primas desconhecidas voltaram a trocar de posições com as desconhecidas assumindo a vice-liderança do setor. A última vez que isso havia acontecido setembro do ano passado;
No mês passado, a gordura bovina ficou com 11% com 53 milhões de litros de biodiesel fabricados. Já as desconhecidas beiraram 11,8% de participação do mercado com produção de 56,8 milhões de litros.
Com o crescimento da soja e das desconhecidas, as demais fontes de óleos e gorduras consumidas pelo setor totalizaram 8,4% com 40,4 milhões de litros fabricados.
Fonte: BiodieselBR
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